A capacidade humana para suportar contratempos, fracassos, dores e perdas é quase ilimitada: se continuamos vivos é porque aguentámos.
Mas a forma como nos comportamos durante os períodos de crise e, sobretudo, a nossa atitude posterior, é que vai determinar se o nosso caminho se faz na luz ou na sombra; se dentro de nós se vive num inferno ou num paraíso.
Se nos fazem mal, guardamos o rancor e a mágoa que nos apodrecem por dentro ou conseguimos experimentar o magnânimo perdão?
Se assistimos ao sofrimento dos seres que amamos e vivemos a sua partida, será que o fazemos a lamentar a perda ou a celebrar a sua passagem nas nossas vidas?
Se perdemos alguma batalha profissional, culpamos todos os outros ou encontramos coragem para recomeçar, corrigindo erros e superando capacidades?
Se erramos, perante nós e perante os outros, será que teimamos nos erros ou aprendemos a pedir perdão e a viver com mais coerência?
Vejamos: não é apenas a capacidade de superar adversidades que nos torna mais fortes e felizes, não! O grande tesouro é o que se aprende e evolui com cada mau bocado vivido; é a maneira como escolhemos viver depois da tempestade passar; é a forma como reconstruímos a vida e nos reinventamos!
Escolhemos ser apenas náufragos chorosos, perdidos nos destroços da nossa existência? Ou corajosos sobreviventes, repletos de força e resiliência, capazes de convictamente se reerguerem das cinzas?
Bem, uma coisa é certa: tal escolha só a nós cabe!