A NATO alertou todos os Estrados-membros que o submarino nuclear russo K-329 Belgorod está em movimento.
Um relatório da Aliança Atlântica, de acordo com o jornal italiano La Repubblica, dá conta que o submarino pode estar a preparar-se para testar pela primeira vez o “super torpedo” Poseidon, conhecido como a “arma do apocalipse” do exército russo.
Este submarino, com 184 metros de comprimento e 15 de largura, foi apresentado em 2018 pela Rússia numa tentativa de mostrar supremacia militar. Pode circular até 60 quilómetros por hora debaixo de água e estar até 120 dias sem emergir.
Transporta um míssil de 24 metros, que pode ser disparado a 10.000 quilómetros debaixo de água e provocar um tsunami radioativo. Segundo o jornal italiano, ao explodir perto da costa teria capacidade para destruir cidades como Nova Iorque ou Los Angeles.
Em missão desde julho, o Belgorod emergiu no Mar Ártico dias após o ataque aos gasodutos Nord Stream 1 e 2, ao qual chegou a ser associado.
O Presidente russo, Vladimir Putin, durante os discursos da última sexta-feira, dia da anexação de quatro províncias ucranianas, voltou a falar do tema das armas nucleares, onde acusou os Estados Unidos (EUA) de criarem um precedente ao usarem armas nucleares em Hiroshima e Nagasaki, durante a II Guerra Mundial.
Em discursos anteriores, Putin já tinha referido que caso a integridade territorial da Rússia fosse colocada em risco, iria “certamente usar todos os meios à disposição”.
Há especialistas a defender que esta ameaça deve ser “levada a sério”, ainda que não “considerada literalmente”. O antigo diretor da CIA, David Petraeus, considera que Putin está “desesperado” perante o retrocesso russo na guerra.
David Petraeus ainda não conversou com o conselheiro de segurança nacional, Jake Sullivan, sobre a possível resposta dos EUA à escalada nuclear da Rússia, porém considera ser uma situação delicada, porque “ninguém quer, novamente, entrar numa escalada nuclear. Ainda assim, é preciso mostrar que isto não pode ser aceite de forma alguma”, defende o ex-diretor da CIA à ABC News.
O senador republicano Marco Rubio, do comité de Negócios Estrangeiros do Senado, disse à CNN que Putin tinha duas opções: ou estabelecer linhas defensivas ou retirar-se e perder território.
Marco Rubio reconhece a ameaça nuclear, mas disse que a maior preocupação é “um ataque russo dentro do território da NATO, por exemplo, visando o aeroporto da Polónia ou algum outro ponto de distribuição”.
O artigo 5.º do Tratado Atlântico Norte, esclarece que em caso de ataque armado contra um ou mais países membros, seria considerado um ataque a toda a NATO.