A Plataforma Algarve Livre de Petróleo (PALP) foi criada em Março de 2015 por um grupo de cidadãos e entidades, com o objectivo de incentivar o debate público sobre a prospecção, pesquisa, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural em Portugal.
Recentemente, a PALP lançou uma campanha de crowdfunding, que conta com o apoio de Dário Guerreiro, mais conhecido por Môce dum Cabréste, com o intuito de sensibilizar os cidadãos. Um dos responsáveis pela plataforma apela ao apoio das pessoas: “tudo faremos para impedir este atentado e é aqui que precisamos de ajuda. Os custos com os tribunais e advogados podem ascender a vários milhares de euros muito difíceis de suportar e, por esse motivo, lançamos a presente campanha de angariação de fundos”.
A plataforma preocupa-se com o futuro do Algarve, dados os impactos que a actividade pode ter numa região muito dependente do turismo e do mar e com uma grande biodiversidade e beleza natural única. Preocupação é também as consequências que isso pode vir a ter na saúde, alterações climáticas, qualidade de vida das populações, fauna e flora marinhas e no turismo.
PALP quer continuar a impedir a exploração de petróleo no Algarve
Por todo o mundo se procuram formas de utilização de energias alternativas que permitam a substituição dos combustíveis fósseis, responsáveis por uma parte significativa do aquecimento global e pela destruição de habitats economicamente fundamentais para a população humana. Em nota de imprensa, o representante da plataforma relembra que a PALP tem “trabalhado no sentido de cancelar todos os contratos de exploração de petróleo vigentes. Foram já cancelados dois em terra e aguardamos confirmação oficial sobre a eventual rescisão de outros quatro, no mar, a sul”.
Apesar dos resultados, a PALP afirma que “está iminente o início de prospecção ao largo do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, pelo que, a par do trabalho de sensibilização e de contestação desenvolvido, a 27 de Abril de 2017, interpusemos uma providência cautelar contra o Ministério do Mar e a Direcção Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos de forma a impugnar o acto administrativo que permite ao consórcio ENI/ Galp avançar com o furo ao largo daquela zona da costa”.
Para mais informações visite as páginas: http://crowdfunding.palp.pt e http://crowdfunding.palp.pt/info/.
(Cátia Marcelino / Henrique Dias Freire)