A candidata presidencial Maria de Belém apresentou ontem à tarde oficialmente o seu projecto para as eleições de Janeiro de 2016 e diz que concorre “para disputar a vitória”, porque em República “não há coroação” do Presidente mas sim eleições.
“Candidato-me a esta eleição para disputar a vitória”, disse, perante o aplauso de centenas de apoiantes, que lotaram uma das salas de conferências do Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Maria de Belém concorre, nas suas palavras, por um “imperativo patriótico e impulso de cidadania”, e porque acredita poder dar “um contributo pessoal e político para a melhoria da qualidade de vida” dos portugueses.
“Portugal precisa de um Presidente que saiba ser independente, saiba interpretar a vontade do povo e dar voz às pessoas mais frágeis da nossa sociedade”, sublinhou.
Entre os presentes na sessão encontram-se várias figuras ligadas ao PS: o presidente honorário, Almeida Santos, e socialistas como Jorge Coelho, Alberto Martins, Eurico Brilhante Dias, Óscar Gaspar, António Galamba, Miguel Laranjeiro ou António Braga são alguns dos presentes no Centro Cultural de Belém.
A Comissão Política Nacional do PS decidiu conceder liberdade de voto aos socialistas na primeira volta das eleições presidenciais entre os candidatos do seu espaço político, entre os quais se encontram, para já, Sampaio da Nóvoa e Maria de Belém.
Licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Maria de Belém Roseira desenvolveu toda a sua carreira na Administração Pública e teve desde sempre uma forte participação na sociedade civil, nomeadamente, através da fundação de várias instituições sociais, como a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, a Associação Portuguesa de Psico-gerontologia ou a Liga de Amigos do Hospital de S. Francisco Xavier.
Foi vice-provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e administradora-delegada do Centro Regional de Lisboa do Instituto Português de Oncologia.
Exerceu funções como ministra da Saúde e como ministra para a Igualdade nos governos de António Guterres.
Foi, ainda, vice-presidente e presidente da Assembleia-Geral da Organização Mundial de Saúde.
(com Agência Lusa)