A maioria das vítimas que está a morrer com covid-19 tem mais de 80 anos e tem a vacinação completa, afirmou esta terça-feira a diretora-geral da Saúde, ressalvando que era uma situação expectável em função da efetividade da vacina.
Questionada em conferência de imprensa sobre quem são as pessoas que estão a morrer vítimas de covid-19, Graça Freitas afirmou que são predominantemente “pessoas muito idosas” e “muito doentes” com uma média etária superior a 80 anos, sendo que a maior parte tem as duas doses da vacina.
Segundo Graça Freitas, estas pessoas pertencem a três grupos diferentes em função do seu estado vacinal: “Há pessoas que têm duas doses da vacina, o que não é de estranhar, porque a vacina não é totalmente efetiva e não é tão efetiva como nós gostaríamos nos mais velhos”.
Depois há pessoas que têm apenas uma dose da vacina e algumas que não têm nenhuma dose da vacina, disse, sublinhando que é uma mortalidade que está de acordo com o que “seria expectável em função da efetividade da vacinação” e perante a variante Delta do coronavírus que provoca a covid-19.
“Não nos podemos esquecer que, neste momento, a variante dominante em Portugal é a Delta e que são necessárias duas doses da vacina para dar proteção, mas mesmo com duas doses há uma “menor efetividade da vacina em pessoas que são mais velhas e que têm patologias associadas”.
Graça Freitas avançou que estes dados vão passar a estar disponíveis no relatório diário da DGS sobre a situação epidemiológica da covid-19 no país.
A covid-19 já matou em Portugal, desde março de 2020, 17.502 pessoas e foram registados 990.293 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.