Mais de 700 advogados portugueses mostraram-se disponíveis para oferecer ajuda legal “pro bono” a cidadãos ucranianos, revelou no final da tarde de segunda-feira um comunicado da Ordem dos Advogados (OA), que criou uma “task-force” com esse objetivo.
Até às 17 horas de ontem, a OA contabilizou mais de 700 inscrições para oferecer ajuda legal “pro bono” aos cidadãos ucranianos. “Um número em actualização permanente – ao início da manhã eram cerca de 400 – face à enorme adesão deste movimento solidário por parte dos advogados de todo o país”.
Reiterando a mensagem do Bastonário, Luís Menezes Leitão, e de forma a articular e a transmitir esta disponibilidade à Embaixada da Ucrânia e à Associação Nacional dos Advogados da Ucrânia, a OA sugere que os advogados que ainda pretendam voluntariar-se para prestar esse serviço “pro bono” e integrar a presente lista, o façam através do endereço [email protected].
O organismo liderado pelo bastonário Menezes Leitão vai trabalhar em conjunto com a sua congénere daquele país, a Associação Nacional de Advogados da Ucrânia, e a Embaixada da Ucrânia em Portugal, no sentido de garantir uma resposta às questões jurídicas que a guerra com a Rússia possa suscitar.
“É expectável que a expressiva adesão dos advogados portugueses à causa ucraniana continue em crescendo”, referiu a nota divulgada pela OA, adiantando que será disponibilizada uma plataforma na Internet com os dados e contactos profissionais para “agilizar o auxílio legal a quem dele necessitar”.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.