Quando se aborda a questão das sucatas para a substituição de peças automóveis, é comum considerar que esta é uma opção a ser explorada apenas quando todas as alternativas convencionais se esgotaram.
Apesar disso, as sucatas representam locais onde é possível encontrar peças automóveis a preços mais acessíveis do que os oferecidos pelos fabricantes, e, por vezes, peças que já não estão disponíveis no mercado devido à sua descontinuação. Saiba agora mais com a ajuda do Ekonomista.
Antes de se dirigir a um ferro velho, é crucial compreender como efetuar a compra de peças neste contexto. É também útil obter um entendimento mais aprofundado sobre o funcionamento das sucatas e a diversidade de peças disponíveis.
Existem várias formas de adquirir peças em sucatas, especialmente quando há operações organizadas que realizam inventários e vendem peças online para diversos destinos ao redor do mundo.
Ao visitar um ferro velho, existem duas abordagens para obter as peças desejadas: ou o cliente realiza a busca de forma autónoma, escolhendo e removendo (ou solicitando a remoção) as peças do veículo onde se encontram, ou um funcionário da sucata consulta o inventário (ou retira a peça de um veículo) e entrega a peça solicitada ao cliente. Algumas sucatas oferecem ambas as opções de serviço.
Encontrar exatamente o que se procura nem sempre é simples, uma vez que os ferros velhos nem sempre são espaços organizados. Geralmente, é mais fácil localizar as peças mais populares, enquanto aquelas com menor procura podem estar mais escondidas. Se o cliente não souber exatamente qual peça procura, é aconselhável solicitar assistência.
Além disso, antes da visita a uma sucata, é importante estar ciente de diversos pontos a considerar, de acordo com o Ekonomista.
1- Legalidade da sucata
Ocasionalmente, ao procurar comprar peças numa sucata, podemos deparar-nos com surpresas. No entanto, não se trata tanto do que encontramos, mas sim da existência de estabelecimentos que não regularizaram a sua situação e não possuem autorização. Optar por adquirir algo destas empresas pode resultar em complicações ao tentar reclamar responsabilidade por uma peça em mau estado.
2- Garantia das peças
As peças de reposição obtidas num ferro velho também estão sujeitas a garantia, embora essa garantia possa variar de um local para outro, dependendo da peça e da sua antiguidade. Geralmente, a garantia abrange um período entre um e seis meses. Caso não seja oferecida garantia, é recomendável perguntar se há a possibilidade de devolver a peça, caso esta não funcione ou não seja compatível com o seu veículo.
Independentemente da situação, se uma peça causar problemas, é esperado que o estabelecimento devolva o dinheiro, efetue a troca do produto ou, em algumas situações, forneça um voucher para ser resgatado quando a peça correta estiver disponível.
3- Comparações de preços
Devemos ser explícitos acerca dos custos associados às peças novas, quer adquiridas em revendedores oficiais quer em sucatas. Embora pareça evidente, existem situações em que a escolha pode ser vantajosa, enquanto noutras pode não ser. Além disso, é crucial reconhecer que, num mercado livre, os preços podem variar entre sucatas e revendedores oficiais, portanto, realizar uma pesquisa é fundamental.
4- Qualidade das peças
Adquirir peças numa sucata envolve, por vezes, a descoberta de uma variedade de itens. Por vezes, encontramos objetos altamente funcionais a preços excelentes. No entanto, há situações em que a realidade difere das nossas expectativas.
Peças que deve e não deve comprar
Não é recomendável comprar em ferros velhos peças relacionadas com a segurança do veículo, como cintos de segurança, airbags, travões, sensores eletrónicos de sistema, mangueiras ou filtros. Estas partes não devem ser compradas usadas, principalmente devido à degradação ao longo do tempo e à falta de utilização. Optar por soluções oficiais, adquirindo-as novas ou através de fabricantes certificados, é a abordagem mais segura.
No entanto, é possível comprar várias outras peças em sucatas, como espelhos, guarda-lamas, vidros, motores e seus componentes, peças de interiores, entre outros.
Ao encontrar a peça automóvel desejada, é aconselhável questionar o vendedor da sucata sobre a sua origem e solicitar as especificações técnicas.
Se não estiver a realizar pessoalmente a reparação no veículo, consultar um mecânico é ideal. No entanto, é importante notar que alguns mecânicos podem não trabalhar com peças de ferros velhos, e aqueles que o fazem podem não oferecer garantia.
Em última análise, após esta leitura, espera-se que a compra de peças em sucatas seja facilitada. A ênfase não deve ser apenas na busca pelo mais económico, mas sim na procura de um negócio vantajoso que corresponda precisamente ao que se procura.
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