O Comando Territorial de Faro da GNR, através do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) de Silves, apreendeu esta segunda-feira 63 nassas de pesca utilizadas na pesca ilegal, na Lagoa dos Salgados, na freguesia de Pêra, no concelho de Silves.
Após uma denúncia via Linha SOS Ambiente e Território a informar que na Lagoa dos Salgados se encontravam três aves aprisionadas em armadilhas/redes, “os elementos do SEPNA deslocaram-se ao local onde detetaram a existência de dezenas de nassas de pesca naquele local”, refere a GNR em comunicado.
No seguimento da ação, os elementos do SEPNA de Silves, de Albufeira e do Destacamento de Controlo Costeiro de Olhão e ainda de uma equipa do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), deslocaram-se à Lagoa para proceder à recolha e apreensão das armadilhas.
Assim, foram percorridas as margens da Lagoa dos Salgados, tendo sido visualizadas e recolhidas ao longo da sua margem, um total de 63 “nassas ou galrichos”, que continham diversas espécies capturadas. Estas artes de pesca “nassas ou galrichos” são utilizadas para a captura de enguias, embora também capturem outras espécies.
A enguia de nome científico “Anguilla” Reino: animália, Filo: chordata, Classe: Actinopterygii, Ordem: Anguilliformes, Familia: Anguillidae, encontra-se em estado de conservação de perigo crítico de acordo com a Lista Vermelha da União Internacional para a conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) das espécies ameaçadas.
A GNR lembra que “este tipo de pesca com uso de meios e processos não autorizados, aliado ao facto de se destinarem à captura de enguias, sendo esta espécie existente em reduzido número em Portugal, poderão constituir um crime de dano contra a natureza nos termos do art.º 278 n.º1 do Código Penal, bem como crime contra a preservação do património aquícola”.
As espécies foram devolvidas ao seu habitat natural e os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Silves.
A Guarda Nacional Republicana, através do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), “tem como preocupação diária a proteção dos animais, apelando à denúncia de situações de âmbito ambiental”.
Nesse sentido, pode ser utilizada a Linha SOS Ambiente e Território (808 200 520), funcionando em permanência para a denúncia de infrações ou esclarecimento de dúvidas.
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