– Achas mesmo?
– Não acho, tenho a certeza!
– Então anda tudo enganado…
– Nááh, nem todos.
– Repete lá outra vez.
– A equação do amor anda a ser aplicada ao contrário: as pessoas sentem-se felizes quando têm o amor de outra pessoa e sentem-se profundamente miseráveis quando essa fonte pára de jorrar ou diminui a sua intensidade…
– E o resto? Explica-me de novo a equação certa!
– Se nos amamos profundamente a nós mesmos, é inevitável que os outros nos amem.
– E como é que nos amamos profundamente a nós mesmos?
– Já amaste muito alguém?
– Claro.
– Quando amaste muito outra pessoa, não te apetecia estar o tempo todo ao seu lado e fazer tudo com ela?
– Certamente.
– Amarmo-nos profundamente é isso: querermos fazer tudo e passar o tempo todo connosco. Amarmo-nos profundamente é viver ligados à nossa essência num momento eterno de pura diversão e prazer.
– Achas?
– Tenho a certeza! Por isso não fiques triste se a pessoa que amas não te dá toda a atenção que querias. Que importância tem isso?? Tens-te a ti. A tua presença em ti é sempre a melhor companhia. E se te amares é para sempre!