É natural que a atenção dos condutores seja atraída por acontecimentos curiosos ou invulgares, mesmo durante a condução. Já se deparou com situações de distração ou desviou o olhar da estrada para observar algo de interesse. No entanto, um breve momento de distração pode ser o suficiente para um condutor causar um acidente. Compreenda agora sobre o fenómeno do “rubbernecking”, os tipos de acidentes que pode desencadear e como evitá-lo.
O “rubbernecking” é o ato de virar ou esticar o pescoço para observar um evento ou algo de interesse enquanto se conduz. Embora possa parecer inofensivo, este comportamento é negligente e pode ter consequências perigosas. O “rubbernecking” é uma forma específica de distração ao volante com duas características distintas: desviar o olhar da estrada e, frequentemente, diminuir a velocidade para observar melhor.
Estudos sobre os efeitos do “rubbernecking”, citados pelo escritório de advogados Dudley DeBosier revelaram esta prática é uma das principais causas de distração ao volante e um fator significativo em acidentes de trânsito.
Os incidentes causados por condutores que praticam “rubbernecking” frequentemente resultam em colisões traseiras. À medida que os condutores desviam o olhar da estrada para observar um acidente ou outro evento rodoviário, param temporariamente de prestar atenção aos veículos diretamente à sua frente. Como resultado, têm menos tempo para reagir a veículos que estão a travar ou a atravessar a sua trajetória, o que frequentemente leva a colisões traseiras.
Além disso, os condutores que praticam “rubbernecking” podem causar colisões na traseira de outros veículos. Quando um condutor que pratica “rubbernecking” abranda ou trava de forma súbita para observar um evento, o condutor atrás dele pode não estar preparado para essa paragem repentina, resultando numa colisão na traseira, mesmo que não tenha culpa.
Em casos mais graves, os condutores distraídos pelo “rubbernecking” podem causar acidentes ao mudar de faixa, desviar-se ou ao não manter o veículo na trajetória adequada. Isso pode levar a ultrapassagens, colisões frontais com outros veículos ou a entrada na trajetória de veículos ao lado, causando colisões laterais.
Se se aproximar do local de um acidente, é essencial estar atento para evitar surpresas. Segundo o mesmo escritório de advogados, “mantenha o foco na estrada à sua frente. A 88 km/h, desviar o olhar durante apenas um segundo equivale a percorrer cerca de 25 metros sem ver o que está à frente. Se precisar de reduzir a velocidade, acione as luzes de emergência antes de abrandar para alertar os condutores que vêm atrás de si. Conduza com precaução e esteja ciente de que outros condutores podem estar curiosos e preparados para reagir rapidamente”.
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