Retirar os soldados feridos da linha da frente é uma das funções mais importantes nesta altura no Donbass, na Ucrânia. A SIC conheceu duas jovens paramédicas que arriscam a vida todos os dias.
Aos 25 anos, Kateryna trocou o escritório em que trabalhava em Kiev pelo Donbass, onde lidera um grupo de paramédicos que todos os dias são chamados para a linha da frente. Transportam soldados feridos.
Na colega Yelena encontrou uma amiga com quem partilha a mesma dor. Os namorados de ambas, morreram a defender a Ucrânia. Mykhaylo morreu a defender Irpin, nos arredores de Kiev, a 5 de março. No mesmo dia em que Anton foi atingido no peito, a defender Mariupol.
Para Yelena, a perda impulsionou a ida para o Donbass.
“Eu prometi-lhe. Prometi-lhe várias vezes que vou fazer tudo para sobreviver e levar o trabalho até ao fim, até à vitória. A promessa que lhe fiz, a ele, à mãe dele e à minha mãe uma das poucas coisas que me dá vida. Porque às vezes é insuportável isto tudo. Mas eu prometi. Não tenho o direito de quebrar essa promessa”, conta a paramédica.
- VÍDEO: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL