Os três homens suspeitos de 25 furtos qualificados realizados no sotavento (este) algarvio, detidos na terça-feira, em Quarteira, no concelho de Loulé, ficaram em prisão preventiva, a medida de coação mais gravosa, anunciou o Ministério Público (MP).
Os três detidos têm 27, 38 e 42 anos e são suspeitos de integrar um grupo organizado que realizou furtos em residências da zona mais oriental do Algarve, entre novembro de 2021 e janeiro de 2023, referiu a Procuradoria da República da Comarca de Faro.
A mesma fonte esclareceu, num comunicado, que “os detidos monitorizavam o quotidiano das vítimas, proprietários de moradias e de apartamentos”, onde entravam “ao anoitecer, aproveitando a ausência das vítimas”.
O MP alega também que os homens recorriam a “vários métodos, consoante a tipologia das casas”, com “arrombamento”, e no interior furtavam dinheiro e joias.
“Posteriormente, os detidos, estrangeiros, escoavam o produto dos assaltos para o seu país de origem. Na sequência dos assaltos, os detidos ausentavam-se para o seu país, onde permaneciam por vários meses a fim de evitar o seu relacionamento com os crimes”, salientou a Procuradoria da Comarca de Faro.
Grupo atuava de forma organizada em furtos a residências
Na apresentação dos detidos ao primeiro interrogatório judicial, a acusação pediu a prisão preventiva e o juiz aplicou a medida a todos os arguidos, frisou.
Os três homens são suspeitos de integrarem um grupo que atuava de forma organizada em furtos a residências e foram detidos na terça-feira, durante uma operação policial conjunta da GNR e da PSP, divulgaram as autoridades policiais na quinta-feira.
A detenção ocorreu “após terem consumado o furto a uma moradia”, informou na ocasião o comando territorial de Faro da Guarda Nacional Republicana (GNR).
A GNR destacou que os detidos estavam a ser investigados desde janeiro de 2022 em diversos processos relacionados com furtos em moradias localizadas nas zonas limítrofes dos aglomerados urbanos da zona leste do distrito de Faro.
As forças policiais também encontraram na posse dos detidos e apreenderam, nas buscas realizadas nos concelhos de Faro e de Olhão, “peças em ouro e outros metais preciosos, elevadas quantias em dinheiro e diversos objetos”, como relógios, anéis, brincos, medalhas ou colares, destacou então a força de segurança.