A Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Polícia Judiciária (PJ) detiveram este ano 151 pessoas pelo crime de incêndio florestal, mais do dobro do que em 2021, revelou esta quarta-feira o ministro da Administração Interna.
Numa audição conjunta nas comissões parlamentares de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias e de Agricultura e Pescas sobre os incêndios que deflagraram durante este ano, José Luís Carneiro precisou que a GNR deteve 70 pessoas pelo crime de incêndio florestal e a PJ 81.
“Um número que mais do que duplicou em relação a 2021”, disse.
O ministro indicou também que até esta semana foram registadas 10.923 situações de incumprimento, o que deu lugar a mais de 2.000 processos de contraordenações.
“Do ponto de vista da sensibilização, da fiscalização e do exercício da autoridade da administração interna foi feito aquilo que compete”, afirmou, em resposta aos deputados sobre um balanço da atividade das forças policiais na prevenção dos incêndios.
O deputado do Chega Pedro Frazão apelidou os incendiários de “terroristas domésticos” e questionou o ministro sobre quando é que Portugal vai ter penas “mais graves” para quem comete este tipo de crime, considerando que devida ficar na “cadeia durante as alturas do fogo”.