A 41.ª concentração internacional de motos de Faro começa esta quinta-feira no Algarve com a organização à espera de acolher apenas 15.000 inscritos, devido a uma redução na área de acampamento imposta pelas autoridades, disse o presidente do Motoclube de Faro.
José Amaro referiu à agência Lusa que “a expectativa é sempre grande relativamente à concentração de Faro”, que se prolonga até domingo, e explicou que este ano a organização, a cargo do Motoclube de Faro, com o apoio da Câmara, foi “obrigada pelas entidades a reduzir um pouco o espaço do acampamento” por questões ambientais.
“Tivemos que fazer isto para 15.000 inscrições, mas, de qualquer maneira, esperamos que seja uma boa concentração, a exemplo dos anos anteriores”, afirmou o presidente do motoclube algarvio.
José Amaro esclareceu que as limitações se prendem com a necessidade de proteger um cordão dunar numa área que integra o Parque Natural da Ria Formosa. A organização discorda da decisão.
“Aquilo pertence ao parque e foi [imposta a limitação] no pressuposto de defender as dunas. Ora, naquele local onde proíbem acampar não existem absolutamente dunas nenhumas, não existe ali nada para se proteger e, se houvesse alguma coisa, nós protegeríamos, como sempre protegemos, e como sempre limpámos aquele terreno ao longo destes 40 anos”, justificou.
Presidente do Motoclube de Faro deixou um alerta a todos os participantes, residentes e visitantes
O presidente do Motoclube de Faro acrescentou que, se não fosse a organização do evento a limpar o terreno situado no Vale das Almas, entre o aeroporto e a praia de Faro, a área “estava completamente ao abandono” e as condições no local seriam piores do que as que existem com a concentração a ocupar a zona.
O número de 15.000 inscritos vai ser atingido nos quatro dias do evento, mas longe dos cerca de 25 mil dos anos anteriores.
Desde quarta-feira “já chegou muita gente” e as inscrições estão “a decorrer com normalidade, como nos anos anteriores”, após dois anos de pandemia de covid-19 e outro com limitações devido ao risco elevado de incêndio, que condicionou a realização de eventos multitudinários em julho de 2022.
“É um regresso à normalidade também devido à contingência das 15.000 inscrições. Ontem chegaram muitas das pessoas com antecedência, mas todo o pessoal que está lá deu uma resposta positiva a todos os que chegam”, disse José Amaro.
Sobre o cartaz, o representante preferiu não mencionar bandas, mas garantiu haver “boas atuações, tanto no palco principal como no palco Oásis”, que classificou como “dois locais já míticos” da concentração algarvia.
Na Baixa de Faro, “haverá bandas a tocar para a população” esta quinta-feira, na sexta-feira e no sábado.
José Amaro deixou ainda um alerta a todos os participantes, residentes e visitantes do Algarve para que tenham cuidado na estrada e evitem acidentes durante as deslocações para o recinto e dentro da região.
“O apelo que eu faço e que se faz sempre todos os anos, devido à quantidade de motos que estão a circular na estrada para se dirigirem a Faro, seja de Portugal, seja do estrangeiro, é que tenham o máximo de cuidado possível. No final da concentração, se ela correr bem, uma das partes principais é não haver acidentes”, sublinhou.