A Comissão Europeia propôs hoje restringir, por 30 dias, as viagens não essenciais para a União Europeia (UE) para tentar conter a propagação do novo coronavírus e evitar pressionar mais os sistemas de saúde no espaço comunitário.
“Informámos os nossos parceiros do G7 que propusemos introduzir uma restrição temporária a viagens não essenciais para a UE”, declarou em conferência de imprensa, em Bruxelas, a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen.
Falando aos jornalistas após uma videoconferência com o grupo dos países mais industrializados do mundo (composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), e do qual faz também parte a UE, a responsável sustentou que “estas viagens não essenciais devem ser reduzidas de forma a não propagar mais o vírus dentro da UE, […] mas também para não colocar mais pressão sobre o sistema de saúde”.
“Claro que haverá exceções, por exemplo para os cidadãos da UE que queiram regressar a casa, para os trabalhadores dos sistemas de saúde — como médicos, enfermeiros e também cientistas que estão a trabalhar numa solução para esta crise –, e ainda para residentes e trabalhadores fronteiriços”, precisou Ursula von der Leyen.
A responsável adiantou que a proposta é que a restrição seja aplicada “por um período inicial de 30 dias”.
Também presente na ocasião, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, apontou que “a filosofia” da UE passa por tentar “reduzir movimentos desnecessários dos cidadãos, ao mesmo tempo que se garante que os bens essenciais circulam livremente, para preservar o mais possível a integridade do mercado único”.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.500 morreram.
Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.