A média semanal de ciberataques a organizações portuguesas aumentou, no ano passado, 81%, face a 2020, com uma organização a ser atacada 881 vezes por semana, destacando-se a educação e saúde, segundo dados do Check Point.
“Em 2021, o pico registou-se em dezembro, muito devido à vulnerabilidade no Log4J. Em Portugal, uma organização foi atacada, em média, 881 vezes por semana, um aumento de 81% face a 2020”, indicou, em comunicado, a Check Point Research (CPR), área de ‘threat intelligence’ da Check Point Software Technologies, fornecedor de soluções de cibersegurança.
Neste período destacam-se, entre os setores mais visados, a educação, saúde e a administração pública/setor militar.
A nível global, o número de ciberataques por semana aumentou 50%, no ano passado, com o pico a registar-se em dezembro “muito devido à vulnerabilidade no Log4J”.
Os setores mais afetados, em todo o mundo, foram a educação/investigação (com um aumento de 75%), seguido pela saúde (71%).
Segundo a análise divulgada esta segunda-feira, África, Ásia Pacífico e América Latina foram os principais alvos de ciberataques contra organizações. Contudo, a Europa registou o maior aumento percentual (68%) de ciberataques.
“Novas técnicas de penetração nos sistemas e métodos de evasão fizeram com que fosse muito mais fácil para os ‘hackers’ levar a cabo as suas intenções maliciosas”, afirmou, citado no mesmo documento, o ‘data research manager’ da Check Point Software, Omer Dembinsky, notando que algumas indústrias “fulcrais” para a sociedade estão a subir, cada vez mais, na lista dos mais atacados.
Este responsável disse ainda que os números devem progredir em 2022, “com os ‘hackers’ a inovar continuamente e a procurar novos métodos para executar ciberataques, especialmente ‘ransomware’”.
Omer Dembinsky recomendou ainda descarregar ‘patches’, segmentar redes e sensibilizar os colaboradores para estes problemas.
Para a realização desta análise foram utilizados dados e estatísticas detetados pelas tecnologias de prevenção de ameaças da Check Point.