O casal russo no centro da polémica com o acolhimento dos refugiados ucranianos em Setúbal diz que os documentos solicitados eram para a autarquia e para o pedido de proteção temporária ao SEF, assim como as perguntas sobre o agregado familiar.
Numa entrevista aos jornais Setubalense e Público, Igor e Yulia Khashin explicam que o atendimento de refugiados era intermediado por um técnico da autarquia no âmbito do atendimento social.
“Estávamos sempre acompanhados por uma portuguesa. Era ela quem preenchia os formulários. Foram tiradas fotocópias do passaporte e da certidão de registo de proteção temporária, que foram juntas ao processo e guardadas na câmara”, explica Yulia Ksashin.
A mulher de Igor Khashin justifica ainda que “a digitalização é feita para carregar na plataforma do SEF, para fazer o pedido de proteção temporária”.
“Temos de digitalizar os documentos e anexar na plataforma. As questões, colocadas pela plataforma do SEF, e não por nós, são o nome da mãe, nome do pai, local de nascimento, agregado familiar. Tem de ir tudo preenchido”, explica.
A polémica sobre o acolhimento de refugiados ucranianos na Câmara de Setúbal foi levantada por uma notícia publicada pelo jornal Expresso, segundo o qual o cidadão russo Igor Khashin, membro da Associação dos Emigrantes de Leste (Edinstvo) e do Conselho de Coordenação dos Compatriotas Russos, e a mulher, Yulia Khashina, também da Edinstvo e funcionária do município, terão fotocopiado documentos e questionado os refugiados sobre o paradeiro de familiares na Ucrânia.
- VÍDEO: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL