A polémica que envolve a Câmara de Setúbal divide Luís Montenegro e Jorge Moreira da Silva, candidatos a líder do PSD. Montenegro sugere a demissão de todos os que forem responsáveis e Jorge Moreira da Silva pede que não se instrumentalize a guerra.
Também o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, falou sobre a receção de ucranianos na autarquia de Setúbal. Diz que as fotocópias não fazem parte do protocolo de atendimento.
“Temos uma equipa para tratar disso e só ela pode tratar disso. Não há fotocópias. Registamos nas plataformas e tudo é tratado normalmente e protegido e não é partilhado com ninguém a não ser com autoridades”, disse.
Carlos Moedas garante que na Câmara de Lisboa não existem entidades externas a ajudar no atendimento de ucranianos. Dentro do PSD, não é o único a reagir à polémica de Setúbal.
Luís Montenegro pede a demissão de todos os responsáveis, dizendo ser “inaceitável”, caso seja verdade, o que se passa na Câmara de Setúbal. Jorge Moreira da Silva pede que não se “instrumentalize” a guerra.
O QUE ESTÁ EM CAUSA?
De acordo com o Expresso, Igor Khashin, líder da Associação dos Emigrantes de Leste (Edintsvo), subsidiada desde 2005 até março passado pela Câmara de Setúbal, e a mulher terão, alegadamente, fotocopiado documentos de identificação dos refugiados ucranianos, no âmbito da Linha de Apoio aos Refugiados da Câmara Municipal de Setúbal.
Igor Khashin é um dirigente associativo com dupla nacionalidade, que se apresenta como “gestor de projetos”, e que as associações a que terá estado ligado estavam nos sites da Ruskyi Mir e da Rossotrudnichestvo, instituições estatais criadas pelo Kremlin.
- Texto: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL