A equipa algarvia, que mudou de treinador – saiu Sérgio Vieira, entrou Jorge Costa – à 16.ª jornada, quando seguia no 17.º lugar, esteve mais de metade do campeonato em posições de descida (22 jornadas, de 34), falhando o objetivo inicial da permanência ao sentenciar a descida na derradeira ronda.
A equipa de Faro, cujos melhores períodos foram quatro jogos sem perder (da 19.ª ronda à 21.ª, com um jogo em atraso pelo meio, e da 28.ª à 31.ª, ambas com uma vitória e três empates consecutivos), nunca conseguiu, porém, somar dois triunfos seguidos.
O início de campeonato ficou marcado por dois empates e quatro derrotas, uma das quais frente ao Rio Ave (0-1), no Estádio Algarve, com 830 espetadores nas bancadas, marcado por um erro de arbitragem que prejudicou os algarvios, tema que foi sempre um dos principais focos de contestação do Farense.
Com o regresso ao reabilitado Estádio de São Luís – onde nunca chegou a ter apoio do público -, a equipa somou três triunfos e um empate seguidos em casa, ainda com Sérgio Vieira no banco.
Depois disso, o Farense partiu para um ciclo de nove jogos sem ganhar em casa – oito deles com Jorge Costa -, numa fase decisiva da prova, em plena segunda volta, entre janeiro e maio.
Acabou mesmo por ser a pior época caseira de sempre do emblema no primeiro escalão dos algarvios, em 24 presenças, com 35,29% de aproveitamento.
O Farense foi praticamente a equipa de um homem só: o médio ofensivo escocês Ryan Gauld, o jogador com mais minutos, que ‘carregou’ a equipa ‘às costas’ – autor de nove golos e sete assistências, envolvido, portanto, em 16 dos 31 tentos marcados (51,61% por cento).
Das 20 contratações efetuadas desde a pré-época, sobressaiu o médio franco-marroquino Amine (ex-Leixões), o segundo elemento mais utilizado, pela qualidade e alta rotação imposta a meio-campo, além de Rafael Defendi e Beto, que dividiram, a bom nível, a baliza algarvia – o internacional português foi contratado após lesão do primeiro e cumpriu as 11 últimas jornadas.
Mansilla, Madi Queta, Stojiljkovic, Bilel e Djalma, todos eles reforços para o setor ofensivo, defraudaram expectativas, numa época em que o Farense não praticou mau futebol, mas foi traído, muitas vezes, pela ineficácia ofensiva.