Portugal regista hoje 2.449 novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, um novo máximo desde meados de fevereiro, cinco mortos com covid-19, um aumento nos internamentos em enfermaria e uma redução nos cuidados intensivos.

O número de novos casos diários não era tão elevado desde 13 de fevereiro, quando se registaram 2.856 contágios.

No boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) assinala-se que estão hoje internadas 509 pessoas com covid-19, mais cinco do que na quarta-feira, 113 das quais em unidades de cuidados intensivos, menos sete.

A área de Lisboa e Vale do Tejo tem 54,6% do total das novas infeções, concentrando 1.339 novos casos.

O Norte registou um aumento do número de novos casos, tendo sido notificados 566 nas últimas 24 horas, o que representa 23,1% do total nacional.

As cinco mortes nas últimas 24 horas ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo (4) e na região Norte (1).

Os dados divulgados pela DGS mostram também que há mais 1.210 casos ativos, totalizando 34.681 e que 1.234 pessoas foram dadas como recuperados nas últimas 24 horas, o que aumenta o total nacional para 830.224 recuperados.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram em Portugal 17.101 pessoas e foram registados 882.006 casos de infeção.

O número de contactos em vigilância pelas autoridades de saúde registou uma redução. Há menos 15 pessoas nestas condições, totalizando 53.260.

NORTE COM MAIOR AUMENTO DE CASOS, ALGARVE RECUA E LISBOA MANTÉM LIDERANÇA

Lisboa e Vale do Tejo soma 1339 novos casos (mais três do que na véspera), o que pesa 54,68% do total diário a nível nacional. Quatro das cinco mortes a lamentar esta quinta-feira ocorreram na região. É preciso recuar até 13 de fevereiro para encontrar um número mais elevado de casos diários na região, quando LVT apresentava 1440.

O outro óbito foi registado a Norte, onde as autoridades de saúde identificaram mais 566 infetados pelo SARS-CoV-2 nas últimas 24 horas, bastante acima dos 435 detetados na véspera. A região não tinha tantos novos casos de covid-19 desde 14 de abril, quando somou 584 contágios.

Seguem-se o Centro com mais 235 infetados, o Algarve que desce ligeiramente para os 217 contágios diários, o Alentejo que também recua para 53 novos casos, enquanto os Açores têm esta quinta-feira mais 23 e a Madeira mais 16.

Os números absolutos de casos e mortes por região ficam assim:

Relativamente a casos confirmados por faixa etária, a fotografia do país é a seguinte:

Por último, quanto a mortes confirmadas por covid-19 por faixa etária, uma doença que afeta mais a população mais idosa, o retrato do país é este:

Há atualmente 509 doentes internados (o número mais alto desde os 536 registados a 5 de abril), mais cinco nas últimas 24 horas

O novo coronavírus já infetou em Portugal pelo menos 402.032 homens e 479. 493 mulheres, mostram os dados da DGS, segundo os quais há 481 casos de sexo desconhecido, que se encontram sob investigação, uma vez que esta informação não é fornecida de forma automática.

Do total de vítimas mortais, 8.975 eram homens e 8.126 mulheres.

O maior número de óbitos continua a concentrar-se nos idosos com mais de 80 anos, seguidos da faixa etária entre os 70 e os 79 anos.

Do total de mortes, 11.223 eram pessoas com mais de 80 anos, 3.651 com idades entre os 70 e os 79 anos, e 1.541 tinham entre os 60 e os 69 anos.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.949.567 mortos no mundo, resultantes de mais de 182,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A infeção por covid-19 em Portugal continua a avançar negativamente no que respeita à matriz de risco, atualizada no boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS) esta quarta-feira: a incidência é agora de 172,8 casos por 100 mil habitantes no território nacional e de 176,9 no continente. Os valores voltam a superar os registados na última atualização, na passada segunda-feira, em que os indicadores eram de 158,5 e de 161,7, respetivamente. Um avanço preocupante, com os valores registados cada vez mais distantes da linha vermelha dos 120 a obrigarem à travagem (e mesmo recuo, em alguns casos) no desconfinamento em todo o território nacional.

Por outro lado, esta quarta-feira, o R(t), o índice de transmissibilidade, inverteu a tendência de descida e voltou a subir: para 1,14 na globalidade do território nacional e 1,15 no continente.

O índice de transmissibilidade era, na segunda-feira, de 1,13 na globalidade do território nacional e de 1,14 no continente.