Em mais de metade (57%) dos concelhos portugueses, a incidência da covid-19 desceu ou manteve-se igual na última semana em comparação com a anterior, segundo os dados atualizados esta sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS), referentes ao período entre 19 de agosto e 1 de setembro.
Ainda assim, a grande maioria dos concelhos do país tem mais de 120 casos por 100 mil habitantes e há seis (eram sete na última semana) acima dos 1000 casos/100 mil – Marvão, Ribeira de Pena, Fronteira, Lagos (1163), Albufeira (1128) e Montalegre – sendo Marvão o que regista o nível mais elevado (2246).
Entre esses seis concelhos, destaca-se Fronteira por ter tido o salto mais acentuado: de 196 para 1432 infeções por 100 mil. Cuba, Constância e Mourão, pelo contrário, estavam na semana passada no nível mais extremo de incidência mas tiveram recuos significativos.
O mapa da incidência da covid-19 mostra agora que 232 concelhos, ou seja, três em cada quatro, têm mais de 120 casos por 100 mil habitantes – um nível que, há alguns meses, noutra fase da pandemia, seria considerado de alerta. Mas, neste momento, com mais de 70% da população portuguesa com a vacinação completa, o impacto dessa incidência é muito menor, sem reflexo direto na pressão sobre os cuidados de saúde. É também por essa razão que a incidência por concelho já não tem efeito na diferenciação das medidas de contenção em vigor no país.
Na região do Algarve, logo a seguir aos municípios de Lagos e Albufeira que têm mais de 1000 casos por 100 mil, segue-se Portimão com 862, Vila do Bispo com 719 e Loulé com 627.
A capital do Algarve (Faro) regista 559, Lagoa 536 e, já com uma incidência menor do que 480 infeções, encontram-se Silves com 370, São Brás de Alportel com 366, Tavira com 354, Olhão com 344 e Vila Real de Santo António com 263.
Atualmente, existem apenas quatro concelhos algarvios com incidência inferior a 240: Castro Marim com 145, Alcoutim com 144, Aljezur com 143 e Monchique com 100, o único município algarvio com uma incidência menor do que 120 infeções.
NÚMERO DE NOVOS CASOS POR 100 MIL HABITANTES
Incidência cumulativa a 14 dias, entre 19 de agosto e 1 setembro de 2021
A incidência da covid continua a descer no concelho de Lisboa, tendo passado de 460 para 377 novos casos por 100 mil habitantes. Ainda assim, é o concelho da Área Metropolitana de Lisboa com o valor mais elevado.
O Porto também continua a recuar: de 389 para 323 casos por 100 mil habitantes.
No final do mês de julho, o Conselho de Ministros definiu que o nível de risco na matriz de monitorização da pandemia de covid-19 passaria a fixar-se em 480 casos por 100 mil habitantes a 14 dias em vez dos anteriores 240, decidindo também que deixaria de haver medidas diferenciadas por concelhos.
A Direção-Geral da Saúde continua, por sua vez, a divulgar dados por concelhos com referência à incidência cumulativa que “corresponde ao quociente entre o número de novos casos confirmados nos 14 dias anteriores ao momento de análise e a população residente estimada”.
PESQUISE POR CONCELHO
Apesar de a incidência ter descido em 157 concelhos e ter-se mantido idêntica em 18, contam-se outros 133 municípios com uma subida em relação à semana passada.
Dez municípios no país não têm nenhum caso ativo: Alvaiázere , Mora, Tabuaço, Vila de Rei e Avis, no Continente, além de Lajes das Flores, Madalena, Santa Cruz das Flores, Vila do Porto e Calheta, nos Açores. Alvaiázere já não tinha tido nenhum caso nos 14 dias anteriores a estes.
AÇORES
Há cinco municípios açorianos com incidência superior a 120 novos casos por 100 mil habitantes: Ribeira Grande, Lagoa, Santa Cruz da Graciosa, Ponta Delgada e Corvo. Outros cinco não tiveram nenhum caso.
MADEIRA
Na região da Madeira, sete dos onze concelhos estão acima do patamar dos 120 casos por 100 mil habitantes: Câmara de Lobos, Santana, Porto Santo, Ponta do Sol, Santa Cruz, Funchal e São Vicente.
Notícia exclusiva do nosso parceiro Expresso