A evolução do diálogo em torno da Inteligência Artificial (IA) passou de temores de eliminação de empregos para uma nova era de criação de oportunidades de trabalho. No centro dessa transformação está a emergência de uma profissão crucial: o “eticista” – uma fusão de guardião e filósofo, destinado a moldar a direção ética da IA.
A função principal do especialista em ética da IA, segundo a Human Resources, é explorar questões fundamentais.
A missão é clara: garantir que o uso da IA seja não apenas ético, mas também defensável, explicável e auditável. Como qualquer tecnologia em sua infância, a IA exige “vigilantes” que definam as regras e assumam a responsabilidade. A compreensão pública da IA ainda é limitada, e os eticistas desempenharão um papel vital ao aconselhar, educar e assegurar práticas seguras.
O ceticismo em relação ao uso responsável da IA persiste, contrastando com o otimismo dos CEOs imersos na tecnologia. A presença de um especialista em ética na equipa pode aliviar as preocupações públicas, desmistificando o tema de maneira justa e consistente. À medida que a próxima geração de líderes empresariais se familiariza com a IA, os eticistas tornam-se indispensáveis para construir confiança.
Atualmente, os especialistas em ética já desempenham papéis essenciais na área da saúde, auxiliando em decisões médicas complexas. Da mesma forma, como um engenheiro de segurança determina a segurança de uma construção, os eticistas se tornam os guardiões da ética na implementação da IA.
Empresas que adotam a IA reconhecerão a importância vital dos especialistas em ética, tornando-os uma profissão muito procurada em 2024. A expectativa é que, eventualmente, estes profissionais ascendam a posições de alto nível, dada a complexidade crescente de suas responsabilidades.
Até que essa função seja formalmente elevada ao nível C, é provável que reporte ao diretor de operações, pois tem impacto direto nessa área crítica. No entanto, o departamento jurídico não é considerado o local ideal no organograma corporativo, pois os eticistas não podem ser comprometidos por questões legais quando sua prioridade é a ética acima de tudo.
Alinhar a lealdade
Uma questão-chave é onde reside a lealdade de um especialista em ética: à organização ou às pessoas que ele protege? Esse dilema destaca a necessidade de alinhamento com o que é melhor para a humanidade. A presença de uma autoridade na organização é fundamental para garantir que o objetivo de manter os humanos informados seja alcançado.
Profissões Emergentes em IA
Além do “eticista”, outras funções que ganharão destaque são as de “curador de IA” e “gestor de IA humana”. Essas funções trabalharão de forma sinérgica, com responsabilidades distintas, mas interligadas. O curador desempenha um papel crucial na combinação de automação e inteligência para fornecer uma função valiosa em escala.
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