Uma cerimónia evocativa dos 50 anos do falecimento de Gilberto Caboz, antigo fuzileiro natural da Fuseta, que morreu em combate na Guiné, vai ter lugar no próximo sábado, na Biblioteca Professora Maria José Fraqueza, na Fuseta, a partir das 12:00, organizada pela União de Freguesias de Moncarapacho e Fuseta e pelo Clube Recreativo Fuzetense.
Depois das boas-vindas dadas por Manuel Carlos, presidente da União de Freguesias de Moncarapacho e Fuseta, segue-se uma dissertação sócio histórica pelo doutor José Carlos Vilhena Mesquita e uma Evocação Militar pelo contra-almirante Luís Pereira Vale. Depois de Toques de Sentido, Silêncio e de Homenagem aos Mortos, será descerrada uma placa comemorativa, no exterior da Biblioteca. O evento contará com elevada representatividade de autoridades oficiais, civis e militares.
Esta cerimónia, realizada por sugestão do contra-almirante Luís Pereira Vale, evoca os 50 anos da morte em combate do fuzileiro especial Gilberto Caboz, nascido na freguesia da Fuseta, onde era conhecido como “Bertinho Caboz”, falecido a 26 de setembro de 1972, na Guiné.
Este episódio encontra-se bem retratado pelo comandante Luís Sanches de Baêna, então oficial do mesmo destacamento de Fuzileiros Especiais, o DFE 12, que relata no seu livro “Fuzileiros – Crónica dos Feitos na Guiné”, que nesse dia, “numa operação na Caboiana-Churo (rio Cacheu, norte da Guiné), o DFE 12 foi fortemente emboscado quando progredia dentro de uma mata de tal forma cerrada que não permitia qualquer manobra e, como resultado, os Fuzileiros sofreram 3 mortos e 8 feridos, alguns com muita gravidade”.
Um desses mortos foi Gilberto Caboz, com 18 anos (que havia entrado no corpo de marinheiros da Armada como voluntário, ainda com 17 anos), e esse trágico acontecimento provocou um enorme choque na Fuseta.