O Ministério da Saúde admite uma eventual revisão de preço dos medicamentos e das comparticipações.
O jornal Expresso avançou, esta sexta-feira, que os medicamentos podem ficar mais caros, principalmente os mais baratos, devido à subida dos custos de produção.
As cadeias de abastecimento têm cada vez mais dificuldade em manter os stocks nas farmácias. Até ao final de setembro, a falta de medicamentos aumentou quase 30% em relação ao ano anterior.
Há vários fatores que podem estar a conduzir a estas ruturas, entre eles a “política de redução de preços”, que num contexto de crescente inflação e aumento do custo de produção se tornou insustentável; e a falta de amido, que faz parte da composição de grande parte dos comprimidos no mercado. Este componente vinha maioritariamente da Ucrânia e, devido à escassez, registou um aumento de preço que ronda os 300%.
À SIC, o Ministério da Saúde disse ainda que o assunto poderá ser debatido com a indústria farmacêutica.
A Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica e a Associação Nacional de Farmácias pedem medidas urgentes para que haja uma revisão dos preços de forma a evitar que alguns medicamentos se tornem economicamente “inviáveis” e desapareçam do mercado.
Apesar de o aumento dos preços estar a ser apontado aos fármacos mais baratos, a Associação Nacional de Farmácias alerta que todos podem ser afetados.
- VÍDEO: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL