O POSTAL conseguiu confirmar que vamos ter hoje 14.647 pessoas infetadas e 219 mortes, e não as 290 como chegou a ser inicialmente avançado. Confrontado com estes números, o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, não os confirmou, nem os desmentiu, limitando-se a referir que “temos tido momentos muito difíceis.
A notícia avançada hoje por Filinto Lima, presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, em declarações ao Fórum TSF, revela que o número de casos de covid-19, que irá ser revelado no boletim desta tarde, é “arrasador”.
Filinto Lima pede o fecho imediato das escolas e pressiona o Governo a dar ouvidos à ciência e a determinar o fecho das escolas. “Hoje, o número que tenho aqui à minha frente é arrasador. Temos mais 14.647 pessoas infetadas”.
O número de infetados de hoje representa um aumento de cerca de quatro mil casos em relação aos dados revelados terça-feira.
O executivo de António Costa quer manter as escolas abertas, mas o Presidente da República já na segunda-feira apareceu antes de o primeiro-ministro falar a dar-lhe um empurrão para infletir o rumo. Desta vez, nas escolas.
Mas se no apertar do confinamento o líder do Governo acedeu, no que às escolas diz respeito vai resistir o mais que conseguir. Horas depois de Marcelo ter dito que “é preciso atuar depressa,” Costa travou o ímpeto: “Estamos a bater-nos para manter as escolas abertas”, disse durante o debate e ontem no Parlamento, no dia em que houve mais mortes por covid (218), acrescentando-lhe um ‘mas’: “Se para a semana soubermos, se amanhã soubermos, se depois de amanhã soubermos, se daqui a 15 dias soubermos, por exemplo, que a estirpe inglesa se tornou dominante no nosso país, ah, muito provavelmente vamos ter mesmo de fechar as escolas e aí farei o que tenho de fazer, que é fechar as escolas”.
Marcelo fala em 290 óbitos em vez de 219, mas…
Respondendo às perguntas dos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa referiu-se serem 290 mortos os registados hoje, o número avançado por vários órgãos de comunicação como sendo o oficial de hoje, mas afinal a DGS divulgou serem ‘apenas’ 219, isto é, apenas mais um óbito do que ontem.
Marcelo falava hoje perante cerca de 50 alunos no auditório da Escola Secundária Pedro Nunes, em Lisboa, numa ação de campanha como candidato às eleições presidenciais do próximo domingo.
No final, e por insistência de uma jornalista, à pergunta “Disse 290 óbitos por lapso ou tem mesmo informação diferente da oficial de que são 219?“, Marcelo respondeu que foi por lapso…
A “estranha” contagem e divulgação do número de óbitos revelados hoje pela DGS gerou uma ‘onda’ de indignação visível nas redes sociais com a publicação de vários fotos e vídeos.
Fonte, que carece confirmação, foi mais longe e garantiu que o número de óbitos nas últimas 24 horas eram não de 290, mas de 393. Mas após uma “recontagem cirúrgica”, o número acordado para divulgação passou para 290, mas já por volta das 15 horas de hoje, o número divulgado pela DGS foi outro: ‘apenas’ mais um óbito do que ontem.
Especula-se que os maiores números de óbitos só deverão ‘aparecer’ depois do dia 24 de janeiro, dia das eleições.
► O pior dia de sempre: Algarve tem 459 novos casos e Alentejo 603 [Óbitos: 5+16]
► Presidente da Câmara de Loulé considera o encerramento das escolas inevitável
► Com Marcelo a pressionar, Costa pondera situação do fecho das escolas
► O pior dia de sempre: Algarve tem 459 novos casos e Alentejo 603 [Óbitos: 5+16]
► Presidente da Câmara de Loulé considera o encerramento das escolas inevitável
► Nova petição apela a confinamento com o fecho de escolas e igrejas
► Professores exigem fecho de escolas e preparam greve que abrange todo o pessoal escolar
► Covid-19: Pode ser preciso reforçar medidas nas escolas secundárias – OMS