A ministra da Saúde garantiu esta segunda-feira que não está previsto qualquer aumento de reações às vacinas com a administração simultânea das da gripe sazonal e covid-19 e disse que o ritmo vai intensificar-se em novembro.
“Não é essa a expectativa, mas de qualquer forma qualquer vacina pode causar alguma reação e as pessoas devem estar atentas e contactar [os serviços de saúde] se isso acontecer”, afirmou a governante, que falava após a vista que hoje fez ao Pólo do Centro Multidisciplinar Dor Beatriz Craveiro Lopes do Hospital Garcia de Orta, no Laranjeiro (Almada).
Marta Temido sublinhou ainda que a eficácia e a segurança das vacinas “permanece idêntica, seja em coadministração seja em administração separada”.
“A possibilidade de fazer a coadministração covid-19 e gripe sazonal facilita bastante. De qualquer forma, o ritmo vai ser mais intenso em novembro, porque a administração vacinas gripe e covid-19 exige que se combine muito bem os prazos de entrega das encomendas feitas pelo pais”, afirmou.
A ministra acrescentou ainda que as pessoas “continuarão a ser convocadas pelos mecanismos habituais” e que estão a ser feitos ajustamentos “para que as situações que têm dado azo a dúvidas em quem recebe os sms sejam clarificadas”.
“Uma opção que as pessoas têm sempre é pedir para tomar as vacinas em separado”, acrescentou.
Questionada sobre a vacinação contra a covid-19 de quem recuperou da doença, a ministra disse que a Direção Geral da Saúde (DGS) está a trabalhar na revisão da norma, “que será adaptada em função dessa circunstância, mas sobretudo do que é a indicação clínica.
Sobre a vacina da gripe, que geralmente é feita com base das estirpes que circularam no ano ou anos anteriores, uma vez que praticamente não houve gripe no inverno anterior e questionada sobre se era esperada uma menor eficácia, a governante respondeu: “não tivemos atividade gripal e temos alguma apreensão, pois estivemos todos mais protegido naquilo que é a nossa exposição, não só ao vírus da gripe, mas a outras infeções respiratórias”.
“Vai ser um inverno que se apresenta na sequência de um período de confinamento prolongado, nalguns casos de menor utilização de serviços de saúde e, por isso, temos de estar atentos”, acrescentou.