“A CPPME considera que as medidas anunciadas pelo Governo, apear de necessárias, continuam a não ser suficientes para dar resposta à gravosa situação que afeta milhares de micro e pequenos empresários, face ao momento que vivemos. A gravidade da situação obriga a que sejam tomadas todas as medidas que ajudem a cuidar da saúde das nossas empresas”, defendeu, em comunicado, a confederação.
Para a CPPME importa assim que o Governo promova “medidas drásticas e de rápida implementação”, nomeadamente, a criação de linhas de crédito para assegurar a liquidez das tesourarias das micro, pequenas e médias empresas, “sem as restrições atuais”, a suspensão do calendário dos compromissos bancários das empresas com a banca e o “pagamento imediato” das dívidas do Estado a estas empresas.
Por outro lado, a confederação quer que seja agilizado o pagamento dos fundos comunitários, dinamizado o investimento público, que os bancos não retirem proveitos da linha de crédito Capitalizar — Covid-19 e que os micro e pequenos empresários da indústria têxtil sejam dotados, “em grandes quantidades”, de materiais como máscaras e fatos.
“É preciso não esquecer que os micro, pequenos e médios empresários são 99,8% do tecido económico nacional. A CPPME continuará a reiterar junto do Ministério da Economia e das Finanças a urgente necessidade de ser ouvida e de lhe serem dadas contas das medidas que pretendem tomar”, concluiu.
O Governo anunciou, na quarta-feira, medidas de apoio às empresas que garantem aumento de liquidez próximo dos 9.200 milhões de euros, dos quais 5.200 na área fiscal, 3.000 na de garantias e 1.000 na contributiva.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou, até ao momento, mais de 244 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 10.000 morreram.
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de hoje, depois de a Assembleia da República ter aprovado na quarta-feira o decreto que lhe foi submetido pelo Presidente da República, com o objetivo de combater a pandemia de Covid-19, após a proposta ter recebido pareceres favoráveis do Conselho de Estado e do Governo.