A ansiedade intensa e os ataques de pânico são experiências desafiadoras que podem afetar profundamente a vida das pessoas que os vivenciam. Neste artigo, exploraremos o que é um ataque de pânico e compartilharemos estratégias para enfrentar esse problema comuns.
O que é um ataque de pânico?
O Viral conversou com o Dr. Mauro Pinho, um médico interno de Psiquiatria, que explicou que um ataque de pânico é um episódio súbito e intenso de medo, caracterizado por sensações corporais intensas, como palpitações, falta de ar, respiração acelerada, formigueiros, tremores, suor, sensação de calor, tonturas e outras manifestações.
Nessas situações, a mente tende a ampliar a importância dessas sensações, interpretando-as como um sinal de que se está à beira da morte, à beira de um ataque cardíaco, prestes a perder o controle ou à beira da insanidade.
Apesar de serem experiências angustiantes, é crucial entender que os ataques de pânico são transitórios, geralmente durando apenas alguns minutos. De acordo com o Dr. Mauro Pinho, cerca de 20% da população saudável pode ter um ataque de pânico, o que não significa, necessariamente, a presença de uma doença mental.
No entanto, esses ataques podem se tornar num problema de saúde mental quando são frequentes e levam o indivíduo a viver em constante preocupação de sofrer novos ataques, que pode levar à limitação das atividades diárias para evitar essas experiências.
Como lidar com um ataque de pânico?
Quando os ataques de pânico se tornam frequentes, a primeira recomendação do Dr. Mauro Pinho é procurar um diagnóstico adequado através de avaliação médica, que pode ser realizada por um psiquiatra ou médico de família. É essencial excluir quaisquer doenças físicas que possam replicar os sintomas de um ataque de pânico, como problemas cardíacos, asma ou distúrbios da tiróide.
Uma vez feito o diagnóstico, é fundamental explicar ao indivíduo que os ataques de pânico, embora desconfortáveis, não são perigosos e não levam à morte, o que por si só pode aliviar muitos pacientes.
Se os ataques de pânico são frequentes e debilitantes, existem opções de tratamento, incluindo medicação, psicoterapia, ou uma combinação de ambos. A psicoterapia, como a terapia cognitivo-comportamental, é especialmente eficaz no tratamento desses ataques.
O Dr. Mauro Pinho destaca que os ataques de pânico são alimentados pelas estratégias de controlo que a pessoa adota. Restringir comportamentos para evitar essas experiências, como evitar lugares que teme, pode ,na verdade, perpetuar os ataques.
Em vez disso, é importante aprender a aceitar a ansiedade e as sensações corporais desconfortáveis. Aceitar que a ansiedade vem e vai, e que os ataques de pânico têm uma duração limitada, é fundamental.
No entanto, durante um ataque, a pessoa pode ser aconselhada a “ficar ali com as sensações” e tentar identificá-las. A mente é muitas vezes o problema, não o local, e enfrentar as sensações desconfortáveis pode ser a chave para superar esses episódios.
É essencial entender que os ataques de pânico não são fatais e podem ser tratados com sucesso. Procurar ajuda profissional, aprender a lidar com a ansiedade e adotar estratégias de aceitação são passos importantes para enfrentar esse desafio.
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