O menino Miguel tem uma doença rara. Foi diagnosticado com síndrome mielodisplásica, quando tinha 6 anos de idade. Filho de um casal de enfermeiros de Faro, a causa “Todos com Miguel” tem sensibilizado o país inteiro.
Apesar das centenas de pessoas voluntárias que realizaram testes de compatibilidade, não foi encontrado, até agora, nenhum dador compatível a 100% para o pequeno e corajoso Miguel.
A campanha sensibilizou o país de uma ponta a outra e mobilizou vários grupos profissionais, desde da PSP, GNR, Ordem do Enfermeiros e até Sporting Clube Farense, entre outros.
Com o tempo a avançar, a progenitora realizou os testes necessários para perceber se o pequeno irmão de Miguel era compatível. Contudo, as más notícias chegaram: “[Dia 22 de janeiro] foi o dia de se apagar essa luz. A confirmação que não queríamos ouvir chegou pelo telefone…O IRMÃO NÃO É COMPATÍVEL COM O MIGUEL”.
O apelo feito por um casal de enfermeiros de Faro, no início de janeiro, sensibilizou o país inteiro: “Esta doença é rara e no caso do Miguel o transplante de medula óssea é a nossa única esperança”, explicava a mãe Sandra Venâncio Caeiro, na sua página de Facebook.
“O tempo urge e precisamos de encontrar um dador compatível”, acrescentava esta mãe desesperada, apelando “humildemente aos vossos corações para que se inscrevam como dadores, contactem o serviço de sangue do hospital da vossa área de residência, é como fazer umas análises normais”.
A mãe apelava que “partilhem este apelo desesperado para chegar ao maior número de pessoas possível” e assinava como “uma mãe desesperada”.
No passado dia 3 de junho, a mãe informava que o pequeno Miguel recebeu a medula óssea “da mamã carregadinha de amor do papá”. Numa corrida contra o tempo para salvar a vida de Miguel, foi a própria mãe a doar a sua medula óssea – “um transplante com apenas 50% de compatibilidade”.
Tanto a reação à transfusão de sangue como a recuperação inicial do pequeno e corajoso Miguel estariam a correr bem e enquanto era aguardado no IPO de Lisboa a confirmação da sua recuperação, no dia 2 de julho foi comemorado o seu sétimo aniversário. Mas, este sábado, a mãe do menino voltou a fazer um importante apelo à doação de sangue, após ter confirmado que “houve rejeição do transplante e, na medula do Miguel, não há células da mamã“.
“Já chorámos muito e já nos erguemos novamente. Vamos colher novas células à mamã e seguir para novo transplante, ainda não podemos adiantar muito mais porque o plano definitivo só será estabelecido durante a próxima semana”, começa por explicar Sandra Venâncio, justificando o pedido que se segue.
“Há 37 dias que o Miguel não tem células na medula e que sobrevive à custa das transfusões de sangue e plaquetas que vai recebendo diariamente. Desde já o meu muito muito obrigado a todos os dadores de sangue. Ainda assim, tem havido dias em que o #IPOLisboa fica sem reservas, por isso apelo a todos os que possam que vão doar sangue“, apela.
Fique a saber como pode ajudar o pequeno Miguel na publicação abaixo da mãe: