Segundo o boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS), atualizado esta sexta-feira, dada a elevada incidência que registaram agora, há mais 15 concelhos, dos quais dois algarvios que, na próxima semana, podem subir para o nível de risco muito elevado, sujeito a maiores restrições.
Portimão, Sines, Viseu, Matosinhos, Vila Nova de Gaia, Palmela, Lagoa, Setúbal, Aveiro, Albergaria-a-Velha, Benavente, Peniche, Torres Vedras, Ílhavo e Oliveira do Bairro são esses 15 municípios, por ordem decrescente de incidência.
O risco de saltarem para o nível máximo de restrições deve-se ao facto de esta semana já terem ultrapassado o segundo patamar de risco, ou seja, os 240 ou 480 novos casos por 100 mil habitantes, de acordo com a sua densidade populacional. Se se repetirem na próxima semana com uma incidência assim, serão colocados no grupo onde já estão outros 33 concelhos, como é o caso de Lisboa, Porto, Cascais, Oeiras, Albufeira, Loulé, Olhão ou Nazaré, segundo a última avaliação feita em Conselho de Ministros esta quinta-feira.
NÚMERO DE NOVOS CASOS POR 100 MIL HABITANTES
Incidência cumulativa a 14 dias, entre 24 de junho e 7 de julho
Nestes 33 concelhos em risco muito elevado, as restrições máximas incluem a proibição de aulas de grupo nos ginásios, um número mais reduzido de pessoas à mesa e a lotação de 25% em casamentos e batizados. Há outros 27 concelhos que estão com um nível de risco elevado e, por isso, têm também algumas limitações horárias.
Em todos estes 60 concelhos a restauração pode funcionar até às 22h30, sendo necessário apresentar certificado digital ou autoteste negativo, ao fim de semana, para permanecer no interior. Contam-se ainda mais 34 concelhos que entraram em alerta, ainda sem restrições, mas que estão em risco de entrar nessa situação a partir da próxima semana (saiba quais são as regras em vigor no seu).
Somados os concelhos de risco muito elevado, elevado e em alerta, conclui-se que um terço dos municípios do Continente está acima do patamar de risco estipulado segundo a sua densidade populacional.
PESQUISE POR CONCELHO
Além das regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve, também o Alentejo começa a ter alguns concelhos com incidências mais elevadas, como Avis e Mourão, já com as restrições máximas, além de Viana do Alentejo e Elvas.
O concelho de Lisboa tem agora 749 casos por 100 mil habitantes – e 16 dos 18 concelhos da Área Metropolitana de Lisboa estão no nível máximo de restrições. Já o Porto regista agora 484 novas infeções por 100 mil.
Há agora 178 concelhos abaixo dos 120 novos casos por 100 mil habitantes, o que equivale ainda a metade dos 308 municípios do país, ainda que a percentagem esteja a diminuir gradualmente.
Na última semana, a incidência subiu na maioria dos concelhos do país (222 dos 308), apenas desceu em 44 municípios, mantendo-se sem alterações nos restantes 42.
Contam-se 20 concelhos sem novos casos confirmados nas últimas duas semanas, como é o caso de Monforte, Oleiros, Penamacor, Fronteira, Arronches ou Vila Velha de Ródão, além de municípios açorianos como Santa Cruz das Flores ou São Roque do Pico.
AÇORES
Lagoa, Ribeira Grande e Ponta Delgada são os três concelhos dos Açores acima dos 120 novos casos por 100 mil habitantes, sendo Lagoa o que tem a incidência mais elevada (861). Seis não têm nenhuma nova infeção.
MADEIRA
Já na região da Madeira, Ribeira Brava e Calheta são os únicos dois concelhos com mais de 120 casos por 100 mil. O Funchal está abaixo, com 97 por 100 mil habitantes.
Notícia exclusiva do nosso parceiro Expresso