A adesão à greve dos técnicos de diagnóstico e terapêutica nos hospitais de Faro e Portimão, ronda os 80% a 90% em alguns serviços, como o de Radiologia.
“Quer em Faro, quer em Portimão, no conjunto das diversas profissões, há serviços em que entre 80% a 90% dos profissionais não foram trabalhar hoje”, disse à Lusa o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP).
De acordo com José Abraão, a greve dos técnicos de diagnóstico e terapêutica que esta quinta-feira, 24 de Maio, se iniciou às 00 horas está a afectar a realização de exames e de análises clínicas nos dois principais hospitais do Algarve que, com o de Lagos, compõem o Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA).
Os dois dias de greve nacional, convocada pelas quatro estruturas sindicais que representam aqueles profissionais, deve-se à falta de acordo com o Governo sobre matérias relativas às tabelas salariais, transições para nova carreira e sistema de avaliação.
“Estes profissionais estão há 19 anos à espera de uma carreira e a proposta do Governo ficou aquém das expectativas, porque os coloca abaixo dos técnicos com carreiras gerais, quando se tratam de carreiras especiais”, referiu José Abraão, acrescentando esperar que o assunto “volte à mesa das negociações”.
Os sindicatos alegam que a tabela salarial imposta pelo Governo faz com que cerca de 90% dos técnicos permaneçam na base da carreira toda a sua vida profissional.
Além disso, dizem que o sistema de avaliação imposto prolonga a estagnação salarial por mais 10 horas de sexta-feira, prevê o cumprimento de serviços mínimos, abrangendo tratamentos de quimioterapia e radioterapia ou os serviços de urgência.