A Câmara Municipal de Lagos, as forças de segurança e as autoridades de saúde, estão preocupadas com um foco de contágio ativo que está a ser identificado no concelho de Lagos, informou hoje a autarquia.
“A origem deste foco, que veio colocar em causa o bom desempenho até agora registado em termos dos números da pandemia, está a ser atribuído à organização de um evento festivo ilegal, decorrido há alguns dias, o qual juntou um número avultado de pessoas”, refere o município no seu site.
Apesar de ainda não constarem no relatório diário da Direção-Geral de Saúde, o Município de Lagos diz existirem “já alguns casos positivos confirmados, estando as entidades competentes a realizar testes, a determinar medidas de isolamento e a identificar as possíveis cadeias de contágio, de modo a que o foco fique o mais depressa possível circunscrito e controlado”.
Uma situação que, para a autarquia, “poderia ter sido evitada não fosse o incumprimento das medidas de prevenção que constantemente têm sido divulgadas”.
O comunicado salienta ainda que “o Presidente da Câmara apela, por isso, a todos os munícipes, residentes, visitantes e operadores económicos, que, na medida do possível, procurem retomar as suas atividades, mas que o façam com grande sentido de responsabilidade e todos os cuidados e medidas que estão recomendadas para bem da saúde individual e bem-estar de toda a comunidade”.
Segundo o jornal Sul Informação, Lagos registou mais 4 casos desde sábado e adiantou hoje que “duas dessas situações se prendem com dois trabalhadores do Recheio, nomeadamente o diretor da loja de Lagos desta marca de grande distribuição”.
“Trata-se de uma pessoa que, todas as semanas, vai a Loures, à sede da empresa, para reuniões, situada precisamente numa das plataformas logísticas da Grande Lisboa onde se têm registado mais casos de Covid-19”, refere o jornal que salienta ainda que “os restantes trabalhadores do Recheio de Lagos foram já testados, sendo os seus resultados negativos”.
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