Um estudo de longa duração conduzido pela Universidade de Harvard identificou as profissões que mais contribuem para a infelicidade dos trabalhadores. Iniciado em 1938, o estudo acompanhou mais de 700 profissionais ao longo de 85 anos, analisando fatores que influenciam a felicidade no ambiente de trabalho.
Os resultados indicam que as profissões mais propensas a gerar insatisfação são aquelas caracterizadas por isolamento e falta de interação social. A ausência de relacionamentos interpessoais no trabalho pode levar ao aumento do stress e a uma sensação de solidão, afetando negativamente a saúde mental e física dos trabalhadores.
As sete profissões identificadas pelo estudo como as mais infelizes são:
- 1. Entregadores: Profissionais que trabalham sozinhos e passam longas horas na estrada, com pouca interação social.
- 2. Motoristas de camiões de longa distância: Enfrentam isolamento devido às extensas horas de condução solitária.
- 3. Guardas de segurança: Muitas vezes trabalham sozinhos e em horários noturnos, o que pode afetar o bem-estar.
- 4. Trabalhos com horários noturnos, como vigilantes e porteiros: A inversão dos horários naturais pode prejudicar a saúde e limitar a interação social.
- 5. Trabalhos remotos: Embora ofereçam flexibilidade, podem levar ao isolamento se não houver interação regular com colegas.
- 6. Atendimento ao cliente: Envolvem interações frequentes com clientes insatisfeitos, o que pode aumentar o stress e a frustração.
- 7. Comércio a retalho: Caracteriza-se por horários irregulares e, muitas vezes, pela falta de reconhecimento, contribuindo para a insatisfação.
O professor Robert Waldinger, diretor do estudo, destaca que “relacionamentos positivos são o que tornam as pessoas felizes ao longo de suas vidas”. No contexto profissional, a falta de interação social pode tornar as horas de trabalho mais longas e aumentar o stress.
Para mitigar a infelicidade no trabalho, o estudo sugere a importância de cultivar relacionamentos interpessoais no ambiente profissional. Ter colegas de confiança e promover o trabalho em equipa podem melhorar a satisfação e o bem-estar dos trabalhadores.
Em suma, o estudo de Harvard reforça a importância das interações sociais no ambiente de trabalho como fator crucial para a felicidade e a saúde dos profissionais. Empregos que proporcionam oportunidades de colaboração e apoio mútuo tendem a resultar em trabalhadores mais satisfeitos e produtivos.
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