Sandra Gomes, enfermeira de 40 anos luta pela segunda vez pela vida contra um cancro da mama. Há um medicamento que a pode ajudar a continuar viva. O fármaco em questão só estava disponível para doentes com cancro pela primeira vez ou no privado por milhares de euros.
O primeiro cancro foi combatido com sucesso: “em junho de 2022, tive alta clínica do hospital de Faro onde fui seguida desde 2016, senti uma sensação de alívio”, mas como a enfermeira descreveu, “não tardou muito em tornar-se novamente o meu maior pesadelo”.
Sandra, em novembro do ano passado, através de alguns exames de rotina num hospital privado, ficou a saber que estava com uma recidiva ganglionar. Neste momento encontra-se a ser seguida no hospital de Santa Maria, em Lisboa, para combater o cancro pela segunda vez.
A boa notícia surgiu esta quinta-feira, 7 de julho, dia em que foi aprovado um PAP [programa de acesso precoce a medicamentos] pelo Infarmed de acesso ao fármaco para 25 mulheres.
O fármaco “Keytruda em combinação com quimioterapia está indicado para o tratamento de cancro da mama triplo-negativo recorrente irressecável ou metastático em adultos cujos tumores expressam PD-L1 com um CPS ¿ 10 e que não receberam anteriormente quimioterapia para doença metastática”, lê-se na publicação do Infarmed.
“Foi finalmente aprovado o PAP para triplo-negativo metastático, foi um passo importante neste processo. Mas a minha luta pela imunoterapia não terminou, é necessário que a equipa médica faça novo pedido ao Infarmed e seja aprovado”, referiu a enfermeira numa publicação no Facebook.
Ao POSTAL, Sandra contou que espera que o “Infarmed tenha em consideração a gravidade da minha situação clínica e que tendo em conta os benefícios que o fármaco pode ter no meu prognóstico que autorize rapidamente para que me possa ser administrado. Esta luta tem sido desgastante, mas esta primeira vitória já está a valer a pena, por mim e por todas as mulheres que precisam do medicamento”.