Duas universidades privadas, a Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU) e a Universidade Fernando Pessoa, submeteram à Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) candidaturas para abrir cursos de Medicina, avança o jornal Público este domingo.
Foram as únicas universidades a submeter propostas, depois de este ano a Universidade Católica ter sido a primeira privada com luz verde para arrancar com o curso de Medicina que está já em andamento.
Quer a Universidade Fernando Pessoa quer a CESPU são repetentes na matéria. Como recorda o Público, a CESPU, sediada em Gandra, no concelho de Paredes, já apresentou seis propostas à agência A3ES, desde 2009. Fê-lo em parceria com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, mas nunca foi aprovada.
O presidente da CESPU, António Almeida Dias, adianta ao Público que a decisão “é uma questão estratégica”, porque Medicina é “o único curso de saúde que não temos”. Há licenciaturas de Medicina Veterinária, Dentária e Farmácia, além de Ciências Biomédicas, mas nenhuma de Medicina.
A reitoria da Universidade Fernando Pessoa também confirma ao Público ter submetido uma candidatura para um novo ciclo de estudos em Medicina, mas não adiantou mais informação. Em 2010 e 2012 já tinha apresentado propostas mas sem sucesso.
UNIVERSIDADES PÚBLICAS NÃO AVANÇAM
Em entrevista ao Diário de Notícias, em setembro, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior , Manuel Heitor enfatizou a necessidade de aumentar o número de clínicos formados. Manifestava o desejo de chegar a 2023 com três novas escolas médicas, em Aveiro, Évora e Trás-os-Montes e Alto Douro.
Tal não se veio ainda a verificar, já que não se registaram mais pedidos para abertura de novos cursos de Medicina.
As universidades públicas têm recusado abrir mais vagas nos sete cursos de Medicina já existentes, apesar dos apelos do Governo para que o façam, refere o jornal Público.
– Notícia do Expresso, jornal parceiro do POSTAL