Os testes à SARS-CoV-2 vão abranger todas as escolas de Portugal continental e contemplar a amostra de saliva para a realização dos rastreios laboratoriais, segundo a atualização da norma da Direção-Geral da Saúde sobre a Estratégia Nacional de Testes.
Na norma ontem atualizada, são recomendados rastreios laboratoriais regulares (de 14 em 14 dias) nos estabelecimentos de ensino ao pessoal docente e não docente, quando a norma anterior, de 11 de fevereiro, apenas abrangia o secundário, neste nível de ensino envolvendo igualmente os alunos, o que se mantém.
A norma baixa, por outro lado, a incidência da testagem nas escolas, que no documento anterior previa recolhas em concelhos com incidência cumulativa a 14 dias superior a 480 por 100.000 habitantes, e que agora passa a ser de 120 por 100 mil.
Além das escolas, os testes devem ser também regulares “nos locais com maior risco de transmissão em meio laboral”, como fábricas e construção civil.
A par dos testes rápidos de antigénio, que já eram utilizados, a atualização da norma passa a incluir as amostras de saliva “como alternativa às amostras do trato respiratório, particularmente em situações de rastreio comunitário”.
A norma prevê que os testes laboratoriais não devem ser realizados em pessoas com história de infeção por SARS-CoV-2 nos últimos 90 dias, subsequentes ao fim do isolamento, mas com exceções: sintomas sugestivos de covid-19, se resultarem de contacto de alto risco de um caso confirmado nos últimos 14 dias, se não existir diagnóstico alternativo para o quadro clínico e em situações de imunodepressão.
Atendendo ao princípio da precaução, esta norma deve se aplicada “às pessoas vacinadas contra a covid-19, até mais dados, incluindo os de efetividade vacinal, serem conhecidos”.
Os resultados dos testes laboratoriais “são disponibilizados e comunicados ao utente e notificados na plataforma SINAVElab pelos laboratórios, de forma a não serem ultrapassadas 24 horas desde a requisição do teste laboratorial e a obtenção do seu resultado”, indica ainda o documento.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.498.003 mortos no mundo, resultantes de mais de 112,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.185 pessoas dos 801.746 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.