Dezoito parques de campismo vão estar encerrados até 3 de abril, anunciaram hoje três entidades que gerem estas infraestruturas, numa decisão tomada devido ao estado de emergência na sequência da pandemia de covid-19.
A Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP) decidiu hoje o “encerramento imediato” de sete parques de campismo com gestão direta até 03 de abril.
Assim, os Parques de Campismo de Mondim de Basto, Penacova, Côja, Foz do Mondego, Castelo do Bode, Escaroupim e Parque de Campismo Lagoa de Santo André encerram hoje.
Em comunicado a FCMP refere que a medida poderá vir a ser prorrogada, caso as autoridades determinem a continuação do estado de emergência.
Já o Clube de Campismo de Lisboa, numa nota publicada na sua página oficial, decidiu suspender a possibilidade de permanência dos sócios/utentes em todos os parques de campismo do clube, nomeadamente: Almornos, Costa da Caparica, Costa Nova, Ferragudo, Melides, Gameiro, Campo Maior e Avis.
A suspensão, refere a nota, “produz efeitos a partir das 00:00 do dia 21 março 2020 e cessará quando estiverem criadas as condições normais de funcionamento das referidas atividades, como tais reconhecidas pelas autoridades públicas competentes”.
Segundo a mesma nota, vão continuar em funcionamento os serviços administrativos, de manutenção e de vigilância, existentes nos parques, na medida do indispensável.
Desta forma, será facultado “apenas a um utente por cada unidade de alojamento campista o seu ingresso e permanência nos respetivos parques pelo período máximo de meia hora, mediante agendamento prévio, através dos meios de contacto do seu parque”.
São suspensas igualmente “de imediato, e por tempo indeterminado”, quaisquer obras, “novas ou a decorrer, nas unidades de alojamento campista”.
Também a Fundação Inatel decidiu hoje encerrar os três parques que gere diretamente e que se localizam no Cabedelo, a dois quilómetros de Viana do Castelo, em S. Pedro de Moel, junto ao pinhal de Leiria e na Costa da Caparica.
Numa resposta enviada à Lusa, a Fundação Inatel refere que irá diligenciar esse procedimento “tendo sempre especial atenção sobre algum caso excecional de algum utilizador que tenha de ser orientado para o sistema de apoio dos serviços da Segurança Social numa abordagem de proximidade e respeito inclusivo”.
Tendo em conta as medidas de contingência no âmbito da covid-19, a Fundação Inatel referiu já ter encerrado os equipamentos de lazer e “tomado as devidas medidas de higiene e segurança quanto à utilização dos balneários”.
De acordo com as informações transmitidas, no Parque de Campismo do Cabedelo “já não se encontram campistas, enquanto no da Caparica estão acampadas “cerca de 80 pessoas e 15 crianças”.
Questionado pela Lusa, a Orbitur, que gere 23 parques de campismo de norte a sul do país, referiu que “continuam de portas abertas e todos os dias nos estabelecimentos Orbitur se cumprem rigorosos e reforçados procedimentos de higienização e desinfeção de superfícies e são adotadas as instruções da Direção-Geral da Saúde e demais autoridades para a proteção das pessoas”.
“Em face dos impactos do coronavírus covid-19 a nível internacional, e da declaração de estado de emergência nacional, cumpre-nos informar que na Orbitur estamos comprometidos com as recomendações da OMS e as orientações das autoridades portuguesas. A segurança e bem estar dos nossos colaboradores e dos nossos clientes são a nossa prioridade e o foco dos nossos planos de contingência”, refere o organismo, numa resposta enviada à Lusa cerca das 13:00.
Segundo a nota, a Orbitur procedeu “a alguns ajustamentos, desde o encerramento ou redução temporária de horários de alguns serviços e do número de colaboradores no terreno”, por forma a “manter o pessoal estritamente necessário, promovendo sempre que possível o teletrabalho”.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 1.020, mais 235 do que na quinta-feira.