Cientistas britânicos identificaram uma nova variante do SARS-CoV-2, a B.1.1.529. O virologista Tom Peacock, do Imperial College, descreveu como “horrível” a combinação de mutações encontrada na proteína spike, acreditando que a variante possa chegar a ser “pior que qualquer outra”, incluindo a Delta, atualmente dominante no mundo.
Uma possibilidade apenas, sublinhe-se, já que os cientistas não encontram sinais de que a variante (poderá vir a ser conhecida como ‘Nu’) esteja a propagar-se a um ritmo preocupante. A Organização Mundial de Saúde incluiu-a esta quarta-feira no quadro das que requerem monitorização.
Por outro lado, referem os especialistas, um número de mutações tão elevado tende a tirar ‘força’ ao vírus, tornando-o instável, o que impede que se generalize.
Quanto aos países onde foi detetada, a África do Sul encabeça o número de casos, seguida do Botswana, onde foi primeiro identificada, havendo registo de três infetados, e Hong Kong, com o caso de um homem de 36 anos que testou positivo após uma viagem à África do Sul – alguns virologistas estão particularmente preocupados neste país, por terem surgido casos recentes em Gauteng, uma área urbana que inclui Pretória e Joanesburgo.
Tendo em conta algumas das mutações observadas, os especialistas acreditam que elas podem ter surgido a partir de uma infeção persistente numa pessoa imunodeprimida, como um doente com VIH/ SIDA, aponta o “The Guardian”.
– Notícia do Expresso, jornal parceiro do POSTAL