Numa altura em que a maior parte das pessoas se encontra em regime de teletrabalho, perante a pandemia do novo coronavírus, vários media adaptaram a sua estratégia a este novo ciclo: alguns passaram a disponibilizar gratuitamente conteúdos relevantes sobre a covid-19 e os canais desportivos isentaram os seus clientes do pagamento durante este período.
Na Sport TV, “todos os canais ‘premium’ estão isentos de pagamento enquanto durar o estado de exceção que impacta as competições desportivas”, segundo comunicado da empresa.
Também a Eleven Sports, operador de canais de desporto, teve a mesma estratégia.
“Numa altura em que a pandemia da covid-19 já está a ter um impacto direto na vida dos portugueses, e diversas competições desportivas nacionais e internacionais se encontram condicionadas ou suspensas, a Eleven Sports (…) tomou a decisão de não cobrar a mensalidade, a novos e atuais clientes, para os seus seis canais ‘premium’ desportivos, bem como para o serviço de ‘streaming'”, anunciou na semana passada a empresa.
Esta oferta, segundo a Eleven Sports, “mantém-se durante um período e 30 dias”.
Na sexta-feira, num comunicado conjunto, a Meo, a NOS e a Vodafone reforçaram que, tendo em conta o “tempo de crise excecional” que se vive, “os operadores, com o objetivo de minorar as consequências do isolamento, tomaram a decisão, juntamente com a Sport TV, BTV e Eleven Sports, de não cobrar a mensalidade aos clientes”.
Já a agência de notícias Lusa decidiu permitir, desde 16 de março, o acesso a todas as notícias relacionadas com o novo coronavírus publicadas no seu ‘site’.
Qualquer pessoa pode, assim, ler na íntegra as notícias relacionadas com a pandemia de covid-19 que sejam publicadas em www.lusa.pt. O acesso às notícias pode ser feito diretamente no ‘site’ ou através das páginas da Lusa nas redes sociais Facebook e Twitter.
No grupo Impresa, em especial no Expresso.pt, a quase totalidade dos conteúdos estão abertos, principalmente os que são de interesse público referentes à pandemia.
Outro dos exemplos é o Jornal Económico, cuja edição digital passou a estar disponível gratuitamente nas próximas cinco semanas.
“Sabemos que muitos dos nossos leitores em papel estão a ter dificuldade em comprar o Jornal Económico nos pontos de venda habituais, devido às recomendações de isolamento social em vigor”, refere o título, no seu ‘site’.
“Uma vez que receamos que esta situação se agrave, optámos por oferecer gratuitamente a nossa edição digital, durante as próximas cinco semanas”, anunciou o título.
No caso das revistas, a Time Out anunciou que passou a Time In e agora passa a estar disponível ‘online’ gratuitamente, num projeto desenvolvido em associação com a Meo.
“A revista passa temporariamente a chamar-se Time In e nas próximas semanas serão dispensadas as edições em papel, tanto em Lisboa como no Porto”, refere a empresa, adiantando que a primeira edição arranca em 25 de março.
“A publicação manterá a periodicidade semanal da Time Out Lisboa, sendo disponibilizada digitalmente todas as quartas-feiras”, sendo que “o novo formato – compatível com computador, ‘tablet’ ou telemóvel – será mantido por tempo indeterminado, até que a atual pandemia seja mitigada e as autoridades competentes indiquem o regresso de todos à vida social normal”.
No grupo Global Media, “todos os conteúdos sobre covid-19 (…) atualmente são de acesso gratuito, nomeadamente no DN, JN, TSF, Dinheiro Vivo e O Jogo”, disse à Lusa fonte oficial.
“Neste âmbito estão a ser igualmente oferecidas aos nossos leitores informação com conteúdos exclusivos relativos ao covid-19, nomeadamente informação médica e especializada”, acrescentou.
“A título de exemplo, poderemos referir que a TSF lançou dois novos programas ‘Perguntas com Respostas’, com um virologista e uma médica que respondem a todas as dúvidas e um outro chamado ‘Sem medo do medo’, um programa com o apoio da Ordem dos Psicólogos”, os quais estarão disponíveis ‘online’.