Um estudo, divulgado esta segunda-feira e publicado na revista científica “The BMJ”, conclui que os indivíduos infetados pelo SARS-CoV-2 ficam com um cheiro diferenciado, facilmente detetado através do faro apurado de inspetores de quatro patas.
A investigação, conduzida pela organização britânica Medical Detection Dogs, demonstra que cães treinados para detetar casos de covid-19 conseguem obter resultados em menos de um segundo — bem mais rápido do que um teste de PCR — e com uma precisão superior à dos testes rápidos de antigénio.
Num conjunto de 100 pessoas infetadas, os seis cães utilizados neste estudo conseguiram identificar 94 casos positivos, o que representa uma precisão de 94,3%, bem próxima da eficácia de 97,2% dos testes PCR (com zaragatoas) e bastante mais fiáveis do que os testes rápidos de antigénio, cuja eficácia pode oscilar entre os 58% e os 77%.
Além disso, os cães conseguem identificar casos de infeção em pessoas assintomáticas ou com baixa carga viral, explica o professor James Logan, um dos coordenadores desta investigação, citado pelo The Guardian.
Para se conseguir isto, os animais têm de ser treinados durante oito a dez semanas. Alguns já nasceram na organização e foram treinados desde cedo, enquanto outros foram retirados das ruas, acolhidos e ensinados a farejar doenças.
Os cães treinados por esta organização já se tinham mostrado eficazes na deteção de outras doenças humanas, tais como diabetes, cancro, malária ou até mesmo Parkinson.
Notícia exclusiva do nosso parceiro Expresso