Efeito do fim de semana faz descer casos, internados com maior crescimento em 24h desde fevereiro

Portugal registou hoje 1.782 novos casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2, oito mortos atribuídos à covid-19 e um novo aumento de doentes internados e em cuidados intensivos, referem os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Segundo o boletim epidemiológico da DGS de hoje, a maioria das infeções volta a ser registada na região de Lisboa e Vale do Tejo, com 864 novos casos, o que representa 48% do total do país, que ultrapassou hoje os 909.756 casos acumulados.

Os mesmos dados indicam que se registaram mais oito óbitos, um número igual ao de domingo, havendo, no entanto, um aumento de pessoas internadas.

Há mais 57 pessoas internadas em enfermaria, num total de 729, e mais 10 doentes em unidades de cuidados intensivos, que acolhem 163 pessoas.

Segundo os dados da DGS, até agora, morreram em Portugal 17.164 pessoas vítimas de covid-19: 9.016 homens e 8.148 mulheres.

As oito mortes registadas nas últimas 24 horas diziam respeito a maiores de 70 anos: dois eram homens entre os 70 e os 79 anos e os restantes – quatro homens e duas mulheres – tinham mais de 80 anos.

Número de óbitos é exatamente igual ao da véspera (oito). Este valor está acima da média da última semana (6,7 mortes por dia) e também da do último mês (3,9), confirmando uma tendência igualmente crescente no número de óbitos

Há agora 729 internamentos devido à doença, mais 57 do que na véspera — trata-se do maior aumento em 24 horas desde 9 de fevereiro

LVT COM QUASE METADE DOS CASOS DIÁRIOS

Lisboa e Vale do Tejo (LVT) continua a ser a região de Portugal com o maior crescimento diário de novos casos (desde o dia 21 de maio). Esta segunda-feira reportou 864 infetados, o que representa quase metade (48,48%) do total do boletim da DGS.

Imediatamente a seguir a LVT está o Norte, com 536 novas infeções no último dia, o que corresponde a quase um terço (30,08%) do total de casos comunicados. Segue-se depois o Algarve com 202, o Centro com 87, o Alentejo com 38, os Açores com 40 e, por último, a Madeira com 15.

Todas as regiões sofreram um decréscimo de casos face a domingo, menos os Açores e a Madeira, o que mais uma vez se deve, em grande parte, ao efeito do fim de semana que faz descer o número de infeções reportadas.

As oito mortes registadas esta segunda-feira ocorreram no Norte (dois óbitos), em Lisboa e Vale do Tejo (três), no Centro (duas) e no Algarve (uma). Duas delas foram na faixa etária dos 70 aos 79 e as restantes seis na faixa dos 80 anos.

Os números absolutos de casos e mortes por região ficam assim:

Relativamente a casos confirmados por faixa etária, a fotografia do país é a seguinte:

Por último, quanto a mortes confirmadas por faixa etária, uma doença que afeta mais a população mais idosa, o retrato do país é este:

Número de casos registados neste último boletim da DGS está acima da média dos últimos 30 dias (1767), o que mostra um agravamento da pandemia no país

Registo global de internados em enfermaria e em cuidados intensivos é o pior desde o fim de março

No que toca aos novos infetados, é nos jovens entre os 20 e os 29 anos que se registaram mais casos, com mais 655 infetados desde domingo.

Os dados da DGS mostram que há um aumento gradual de novos casos conforme se vai subindo nas faixas etárias, com as crianças entre os 0 e os 09 a registarem mais 202 casos e os jovens entre os 09 e os 19 anos com mais 302 casos.

O aumento gradual de novos casos vai até à faixa etária dos 20/29 anos e a partir dos 30 anos começam a descer: entre os 30 e os 39 anos registaram-se, nas últimas 24 horas, 466 novos casos, um número que desce abaixo dos 300 para a faixa etária seguinte.

Entre os quinquagenários registaram-se menos de 200 casos, entre os sexagenários foi abaixo de uma centena e entre os septuagenários a DGS registou menos de meia centena de novos casos (48). Com mais de 80 anos, o boletim dá conta de 42 casos.

De acordo com a autoridade de saúde, Portugal tem agora 46.048 casos ativos, tendo recuperado da infeção nas últimas 24 horas mais 1.028 pessoas, o que aumenta para 846.544 o número de recuperados desde o início da pandemia.

O número de contactos em vigilância está nos 74.899, na sequência das 1.137 pessoas que, nas últimas 24 horas, passaram a integrar este grupo.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.164 pessoas e foram registados 909.756 casos de infeção, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, uma cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.

A incidência de covid-19, divulgada na atualização desta segunda-feira, voltou a subir, situando-se agora nos 315,6 no território nacional e 325,2 no Continente — os valores mais altos registados desde 15 de março, quando se iniciou a divulgação pública destes dados. Já o R(t), o índice de transmissibilidade, mostra uma ligeira descida para 1,16 na globalidade do território nacional e no Continente.

Na passada sexta-feira a incidência registada foi de 272 no território nacional e de 280,5 no Continente. Quanto ao R(t), os valores eram de 1,18 no território nacional e de 1,19 no Continente.