A União das Freguesias de Faro juntou-se às festividades dos cinquenta anos do 25 de Abril de 74, tendo organizado um conjunto de iniciativas para assinalar a Revolução dos Cravos.
O 25 de Abril é “um marco fundamental para a implementação da democracia em Portugal e para a autonomia do poder local que foi, e continua a ser, determinante para o desenvolvimento do país”, consider a União das Freguesias.
A primeira iniciativa terá lugar já esta terça-feira, às 18:00, no Conservatório Regional Maria Campina, onde vai realizar-se uma cerimónia que pretende homenagear, com uma singela lembrança evocativa da ocasião, todos os autarcas das extintas freguesias da Sé e de São Pedro e da atual União das Freguesias de Faro, que desde 1976 trabalharam tanto na Junta como na Assembleia em prol da comunidade, sem esquecer as comissões administrativas destas Juntas de Freguesia que trabalharam entre 1974 e 1976.
Para Bruno Lage, presidente da União das Freguesias de Faro, “o 25 de Abril de 74, foi um momento que não apenas mudou o curso de Portugal, mas também definiu o rumo de uma sociedade mais justa, livre e democrática, pois não só marcou o fim de um regime autoritário em Portugal, mas também representou o início de uma nova era de abertura e ligação com o mundo. Após décadas de isolamento político e cultural sob o regime do Estado Novo, a Revolução dos Cravos abriu as portas de Portugal para o exterior, trazendo consigo uma onda de transformações profundas e positivas.”
“Em termos políticos, o 25 de Abril permitiu que Portugal se reinventasse como uma democracia moderna e pluralista, baseada nos princípios fundamentais de liberdade, igualdade, justiça e com o Poder Local Democrático, uma das grandes conquistas de Abril, que se mostrou uma ferramenta determinante para o apoio das populações e para o desenvolvimento de Portugal.”
Na madrugada de 24 para 25, às 00:21, momento em que há cinquenta anos a senha “definitiva” “Grândola Vila Morena” foi para o ar, que torna os acontecimentos irreversíveis, será descerrado, na praça Salgueiro Maia, em Faro, um busto em bronze deste importante capitão de abril, que foi elaborado pelo escultor Pedro Félix.
Para Bruno Lage, “é de inteira justiça homenagear Salgueiro Maia e perpetuar a sua memória neste busto uma vez que se tornou a personagem central da revolução dos cravos pela sua coragem, espirito de liderança, determinação e competência. Foi ele que comandou a coluna militar que saiu de Santarém e marchou sobre Lisboa, ocupando o Terreiro do Paço, no dia 25 de abril de 1974″.
“Horas mais tarde comandou o cerco ao Quartel do Carmo, que terminou com a rendição do Presidente do Conselho, Marcelo Caetano e do regime. Contudo e porque uma operação militar desta envergadura não se faz sozinho, este busto também homenageia todos aqueles que participaram direta ou indiretamente nesta revolução e devolveram a Portugal a liberdade e a democracia”, acrescenta
Por último, na tarde de 25 de abril, a União das Freguesias vai promover, no Pavilhão Desportivo da Penha, o seu habitual torneio de minibasket “25 de Abril”, que contará com a presença de mais de duas centenas de atletas.
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