O Partido Socialista de Olhão reagiu à notícia publicada com base no comunicado enviado às redações pelo presidente da União de Freguesias de Moncarapacho e Fuseta, Manuel Carlos, relativa às mudanças de horário das carreiras urbanas de transporte, esclarecendo que “as alegações apresentadas não só são desprovidas de qualquer sentido, como revelam um profundo desfasamento da realidade”.
“Num período delicado em que vivemos, em que tem sido determinado o recolhimento obrigatório ao fim de semana, depois das 13h, qual o objetivo do presidente Manuel Carlos em manter os autocarros em funcionamento nesse período?”, questionam os socialistas.
“Como tem obrigação de saber, a concessão da EVA pela AMAL, obriga a um número mínimo de tráfego/utilizadores, caso contrário a empresa de transportes tem que ser indemnizada pelos Municípios”, explicam, acrescentando que “manter os autocarros em circulação, em pleno, no horário de limitação de circulação de pessoas, não só é ridículo, como desnecessariamente oneroso para os municípios”.
“Os constantes comunicados que o presidente Manuel Carlos tem vindo a emitir, para, desesperadamente, procurar manter uma atitude de vitimização face a uma suposta discriminação por parte do presidente e da Câmara de Olhão, ultrapassou o cúmulo do ridículo e os limites da diplomacia institucional e da responsabilidade democrática”, salienta o PS de Olhão.
“Saberá o presidente da União que essa supressão de transporte foi votada favoravelmente pelos autarcas eleitos pelo PSD em Castro Marim, Faro ou Albufeira? Pensa acusá-los também de discriminação?”, questiona o partido.
O PS Olhão apela “ao sentido de responsabilidade do presidente Manuel Carlos para que, em respeito pela dignidade que Moncarapachenses e Fusetense lhe merecem, pare de os minimizar e de os colocar em posição de vítimas, e finde com as constantes birras. Procure antes soluções, em conjunto com a autarquia, para aquelas que são as necessidades naturais da população”.
“No caso, a considerar-se a necessidade de suprir situações pontuais e urgentes de transporte ou outras, poderia sugerir à autarquia a utilização dos transporte e funcionários da Junta, por exemplo”, lembram os socialistas, acrescentando que “a situação atual pede ação e não lamento constante e o reiterado sacudir de responsabilidades para cima Câmara e do seu presidente”.
O PS Olhão recorda que “o presidente Manuel Carlos propôs a realização da Feira de Velharias, num momento em que Olhão está no limite do índice 120, que condiciona o desejado e necessário desconfinamento, revelando total despreocupação para com a saúde pública, quando até já havia sido autorizada a realização do Mercado Mensal”.
“Acreditamos que a obsessão em criar conflitos para colocar a população contra a Câmara não se deverá sobrepor ao exercício responsável das suas funções e à obrigação de proteger a saúde dos Moncarapachenses e Fusetenses e trabalhar no sentido do desenvolvimento da União de Freguesias”, concluem os socialistas.