O Partido Comunista Português (PCP) diz que teve conhecimento de uma queixa feita pelo Movimento Determinante – Associação de Cidadãos com Deficiência, Seus Cuidadores e Amigos, ao Provedor da Justiça, denunciando “a falta de meios humanos e materiais, o aumento dos tempos de espera para consultas e internamentos” no Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul, assim como “a suspensão da fisioterapia em ambulatório, redução de horas de terapia no internamento, e ainda denunciando o incumprimento por parte do governo no que concerne à reabertura das camas de internamento encerradas há vários anos”.
Para o PCP “é inaceitável e incompreensível que se mantenham encerradas mais de 50% das camas de um centro de reabilitação (26 camas encerradas e 24 abertas) que é tão necessário numa região tão carenciada deste tipo de respostas em saúde”.
O Centro de Medicina Física e de Reabilitação do Sul (CMFRS) é uma unidade especializada da rede de referenciação hospitalar de medicina física e de reabilitação do Serviço Nacional de Saúde, prestando apoio a utentes dos distritos de Beja e Algarve, tendo já sido considerado um dos melhores da Europa.
Em 2017, o Centro de Reabilitação do Sul, integrou o CHUA, voltando à gestão pública, como unidade autónoma. Por várias vezes, “delegações do PCP visitaram o CMFRS, tomando conhecimento das carências sentidas pelos utentes e familiares”, denunciando junto do Governo e exigindo respostas a problemas como “raeabertura das camas de internamento encerradas em dois terços da capacidade total; dotação profissionais de saúde, nomeadamente, de enfermeiros, fisiatras, terapeutas da fala, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, entre outros”.
Em 2018 o Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), juntamente com a Direcção de CMRFS, deferiu o objetivo de passar no Imediato, a quando da integração do CMRFS no CHUA de 18 para 36 camas de internamento, e até ao final do ano (2018), de 36 para 50 camas, tal objetivo ainda continua por concretizar.
Assim, o PCP solicitou ontem ao Governo, por intermédio da ministra da Saúde, esclarecimentos às seguintes questões:
– Que mediadas vai o Governo tomar para garantir que o CMFRS, possa votar a funcionar na sua plenitude?
– Para quando pensa o Governo resolver o problema de profissionais do CMFRS, dotando-o dos profissionais de saúde necessários ao seu pleno funcionamento?
– Quando pensa o Governo cumprir o compromisso de reabertura das camas de internamento encerradas há vários anos?
– O CMFRS está confrontado com problemas de ordem financeira, a sua resolução é determinante para a aquisição de material e equipamento em falta, que medidas ou que plano vai o Governo implementar com vista à sua resolução?