A mulher de João Ferreira, Isabel Santa Rita, é uma das 3382 pessoas que integram os quadros de pessoal da Câmara Municipal de Loures. Isabel Santa Rita ficou em 7.º lugar num concurso público, de dezembro de 2018, lançado para contratar cinco funcionários para a autarquia da CDU.
No entanto, de acordo com a revista “Sábado”, Isabel foi contratada em março de 2019 a partir da “reserva de contratação”, onde os reprovados podem ser recrutados, caso seja necessário, num prazo de 18 meses. Isabel Santa Rita é licenciada em Direito na Universidade de Lisboa e é militante do Partido Comunista.
“Após a contratação dos cinco juristas classificados nos primeiros lugares, a Câmara decidiu, face à carência extrema de técnicos nesta área, avançar para a contratação de mais técnicos superiores de Direito que tinham ficado em reserva de recrutamento”, explicou a CDU de Loures.
“É uma prática habitual em toda a administração pública em áreas onde se verifica uma escassez permanente de pessoal”, acrescentando que a decisão foi aprovada em reunião de Câmara.
João Ferreira entende que “tratando-se de concursos públicos podem e devem ser consultados e escrutinados”, contudo, acusa que as questões levantadas pelos jornalistas têm como objetivo “apenas e só o de lançar para o ar suspeitas infundadas e descabidas”.
“Os factos, assim os queira conhecer e ter em conta, desmentem inapelavelmente qualquer insinuação de intervenção direta no processo, que obviamente nego e rejeito. Se há questões éticas que aqui podem ser suscitadas, elas dizem respeito à natureza e objetivos do seu questionamento”, acrescenta o comunista.
– Notícia do Expresso, jornal parceiro do POSTAL