Ao todo, concorrem 16 forças políticas pelo círculo eleitoral do distrito de Faro e a quem o POSTAL pediu para responderem a quatro perguntas de forma sintética.
1 – Que balanço das realizações positivas e/ou negativas faz desta legislatura?
Na verdade, ficámos a meio de um caminho (que, estamos convictos, vamos continuar depois de 30 de Janeiro) que estava a correr de forma fluída e consistente relativamente às conquistas em que apostámos para a nossa Região. Globalmente, estes dois anos de trabalho parlamentar, em conjunto, naturalmente, com o Governo correram bem e foram lançadas as sementes daquelas que foram as nossas propostas eleitorais, que acolheram a confiança da maioria dos algarvios.
Mas, começando pelo que não correu bem – e que é, sem dúvida, o único dossier que nos deixa insatisfeitos – Foi não termos conseguido avanços suficientemente significativos para que hoje a obra de construção do novo Hospital Central do Algarve já estivesse a acontecer. Trata-se de um processo complexo que a conjuntura inesperada e extremamente adversa, a pandemia mundial da covid-19, não facilitou a prossecução, pelo facto da situação absolutamente extraordinária no SNS, o que, naturalmente, travou múltiplos investimentos. Neste momento, este continua a ser o nosso primeiro compromisso bem como temos o compromisso do atual primeiro-ministro (que, acreditamos, voltará a sê-lo depois de 30 de janeiro) que o Hospital Central do Algarve vai mesmo avançar na próxima legislatura. Acreditamos e pedimos aos Algarvios que acreditem connosco, com a garantia de que seremos completamente intransigentes relativamente a esta matéria. Das imensas realizações destes últimos 2 anos, destaco uma que, pela transversalidade de áreas que vai impactar, nos parece constituir, de facto, uma grande revolução para a nossa Região. Falo da conquista dos socialistas algarvios na Assembleia da República que conseguiram inscrever uma verba extraordinária de 300 milhões de euros, com o objetivo de diversificar a base económica do Algarve que, como todos sabemos, assenta predominantemente no Turismo, sendo que, na nossa opinião, este paradigma tem de mudar, não só porque o Algarve tem condições para se rentabilizar e gerar emprego em muitas outras áreas, mas também porque ao apostarmos tudo naquilo em que somos, efetivamente, os melhores (o turismo) corremos riscos altíssimos, como, de resto, ficou provado agora com a pandemia.
2 – Quais os problemas e necessidades com que se defronta o Algarve que deveriam ter tido uma resposta adequada e não tiveram?
Sem dúvida, o processo da construção do novo Hospital do Central do Algarve. Reconhecemos que devia ter avançado mais depressa, mas, como referi anteriormente, vai acontecer. O mesmo quanto a EN125 que se encontra em tribunal arbitral, uma vez que o tribunal de contas considerou a renegociação efectuada pelo governo PSD/CDS lesiva para o interesse público. Logo que haja uma decisão judicial temos condições para avançar com as obras em Olhão e VRSA.
3 – Indique sucintamente cinco das principais propostas do seu partido/coligação para o Algarve nos próximos quatro anos.
- • O Avanço do processo de construção do Hospital Central do Algarve e a melhoria, sobretudo ao nível do reequipamento, construção e reabilitação espaços físicos, do restante parque da saúde do Algarve;
- • A melhoria das acessibilidades, para que possamos ser mais competitivos e a este respeito, apenas e só a título de exemplo, falo da eletrificação da linha do Algarve (Lagos-Tunes e Faro-VRSA) cuja obra já está consignada, da criação de um metro de superfície que promoverá a ligação à Universidade do Algarve ao Aeroporto e ao futuro hospital central no Parque das Cidades, da consolidação da política de diminuição do custo dos transportes públicos;
- • A concretização dos investimentos de 200 milhões de euros inscritos no Plano de Eficiência Hídrica do Algarve de forma a garantirmos água em qualidade e quantidade para o nosso futuro.
- • A diversificação da economia, com apoios à criação de novas áreas de exploração e com os apoios às empresas já existentes.
- • A construção, com os municípios, de habitação a preços acessíveis à classe média, às famílias trabalhadoras e aos jovens algarvios, melhoria do nosso parque escolar, bem como a implementação de uma estratégia poderosa de combate ao abandono e insucesso escolar.
4 – Quais são as suas expectativas para estas eleições e quantos deputados pensa o seu partido eleger no Algarve?
Há dois anos, a grande maioria dos Algarvios mostrou que era no PS que confiava, com a eleição de 5 deputados. Essa confiança foi renovada nos autarcas socialistas em setembro último elegendo 12 autarquias socialistas. Acreditamos que essa confiança se mantém e pode até ser reforçada.