Um total de 16 candidaturas concorre às eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro pelo círculo eleitoral de Faro, onde estão em disputa nove parlamentares, atualmente distribuídos por três forças políticas, com a maioria a pertencer ao PS.
Os nove parlamentares eleitos em 2019 estão repartidos pelo PS (cinco), PSD (três) e BE (um), num ato eleitoral que teve 19 listas candidatas por Faro, mais três do que nas eleições deste ano devido às ausências do Aliança, Partido Nacional Renovador (PNR) e Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP).
Com Jamila Madeira como cabeça-de-lista, o PS procura manter a posição de maior força política da região que assumiu em 1995, perdeu em 2011 e depois recuperou em 2015, com 32,77% e quatro eleitos, posição que saiu reforçada em 2019, com a eleição de cinco deputados e a obtenção de 36,76% votos.
Apostado em melhorar os 22,30% que lhe valeram o segundo posto há dois anos, o PSD vai a votos em Faro com uma lista que tem como primeiro candidato o antigo presidente da Câmara de Vila Real de Santo António Luís Gomes, que falhou nas autárquicas de outubro passado o regresso à liderança da autarquia.
A comissão política nacional do partido escolheu Luís Gomes em detrimento do atual presidente do PSD/Algarve e cabeça-de-lista nas últimas legislativas, Cristóvão Norte, mandatário da candidatura derrotada de Paulo Rangel às eleições diretas que reelegeram Rui Rio como presidente do partido.
A terceira força política no Algarve, o BE, que em 2019 obteve 12,31% dos votos e um deputado, substituiu o cabeça-de-lista das duas últimas eleições, João Vasconcelos, pelo eurodeputado José Gusmão, na tentativa de conservar um eleito que o partido conquistou pela primeira vez em 2009.
Depois de ter liderado em outubro a candidatura da CDU à Câmara de Faro, sem conseguir ser eleita, a professora Catarina Marques obteve a confiança do PCP e do PEV e apresenta-se como a primeira candidata da coligação à Assembleia da República por Faro, na expectativa de melhorar os 7,05% que lhe valeram o quarto posto em 2019 e ditaram a perda de um deputado que mantinham desde 2011.
Quinta força política no Algarve em 2019, com 4,77% dos votos, o PAN vai a votos com Ana Luísa Poeta Simões na primeira posição da lista, aspirando a conseguir obter representação pelo distrito.
Já o CDS-PP apresenta como cabeça de lista o líder da distrital algarvia, José Pedro Caçorino, depois de há dois anos o partido ter obtido 3,81% dos votos, o seu pior resultado no Algarve desde 1999.
Pedro Miguel Soares, pelo Chega, Cláudia Vasconcelos, pela Iniciativa Liberal, e Marta Setúbal, pelo Livre, são os candidatos que completam a lista dos partidos que não alcançaram representação parlamentar nas últimas legislativas.
Concorrem ainda a estas eleições, pelo círculo de Faro, o Movimento Partido da Terra (MPT), com Manuel Mestre como número um da lista, o Partido Trabalhista Português (PTP), com Henrique Seixas, o Ergue-te (E), que apresenta Fábio Fatal, o Reagir, Incluir, Reciclar (R.I.R), que candidata Rui Pedro Curado, o Movimento Alternativa Socialista (MAS), com João Antunes, o Volt Portugal (VP), com Bruno Assis Ribeiro, e a Alternativa Democrática Nacional (ADN), com Jorge Rodrigues de Jesus.