Rogério Bacalhau é o candidato da coligação Faro no Rumo Certo, que une PPD/PSD, CDS-PP, MPT e PPM, para reocupar o cargo de presidente da autarquia que actualmente exerce pela primeira vez.
O professor com 55 anos foi vice-presidente de Macário Correia, eleito em 2009, e candidatou-se como cabeça-de-lista de uma coligação com os mesmos partidos em 2013.
Sem maioria na Câmara o actual autarca pede a reeleição com maioria que lhe permita levar a cabo o seu projecto autárquico de forma a que não tenha de contar com os votos da oposição na Câmara para fazer vingar as suas intenções.
As respostas do candidato às perguntas do POSTAL
POSTAL (P): Quais as razões determinantes para que se candidate à presidência da Câmara?
Rogério Bacalhau (RB): A minha principal motivação é poder prosseguir com o trabalho que iniciámos há quatro anos atrás. Há muita obra em curso e muita mais em projecto. É obra que surge no culminar de um duríssimo processo de restauração das finanças, da operacionalidade e da autonomia da autarquia.
Os farenses sabem que a responsabilidade que revelámos ao comando dos destinos do Município continua a ser fundamental, para que o processo de relançamento do concelho se faça com ambição mas, ao mesmo tempo, com uma forte componente de realismo segurança.
P: Na sua opinião quais são os problemas fundamentais do concelho?
RB: A incapacidade de estabelecer projectos de médio longo prazo. Em 40 anos, Faro teve 10 autarcas. Uns bons, outros nem tanto. E nenhum deles conseguiu implementar um projecto, uma visão sustentada e alicerçada. A cada quatro anos, o que costuma acontecer é o eleitorado castigar quem está no poder, penalizando a continuidade e cerceando, de algum modo ambições do concelho em prosseguir um rumo. Com isto, surge sempre uma dose grande de desilusão e um certo desencanto. Uma das coisas que espero ter restaurado neste mandato é a auto-estima dos farenses e o seu orgulho naquilo que é nosso.
P: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os destinos da câmara porquê?
RB: Os anos que estão para trás falam por nós. Provámos ser capazes de implementar um projecto que é, ao mesmo tempo responsável, ambicioso e coerente. Temos efectivamente ideias e sabemos o que queremos para cada zona do concelho. Mas também sabemos o que custa ter as contas em ordem e manter incólume o bom nome e o prestígio do Município que, durante tantos anos, andou pelas ruas da amargura em razão da sua incapacidade em honrar compromissos.
Este ano, desconheço propostas sérias de outros candidatos. Limitam-se a prometer baixar impostos, a dar isto e a dar aquilo, sem cuidar de saber se, por um lado, é o Município quem deve proceder a essa oferta e, por outro, que consequências essas promessas fáceis terão.
Faro já mostrou que não precisa de demagogia e promessas fáceis. Temos um rumo que é o rumo certo e do qual não nos devemos agora desviar.
P: Quais as grandes propostas diferenciadoras da sua candidatura face às dos restantes candidatos?
RB: A nossa proposta política surge como corolário do caminho andado. Somos os únicos com ideias concretas e uma visão coerente para aquilo que consideramos os factores-chave para o futuro do concelho: uma cidade do mar e da náutica, com uma academia forte e interventiva e, ainda, uma programação cultural diferenciadora.
Queremos, finalmente, garantir que a nossa sociedade se desenvolva em bases de justiça e que os benefícios do crescimento económico cheguem a todas as camadas da população.
A habitação será ainda alvo de uma atenção especial. Queremos revitalizar o mercado do arrendamento e encontrar zonas de densificação urbana, para podermos ter mais construção e assim, tornarmos mais fácil o cesso à habitação.
P: As duas primeiras medidas estruturantes a avançar caso vença as eleições, quais serão?
RB: Lançar um estudo de requalificação completa de toda a frente ribeirinha do concelho e estabelecer as bases do Programa “Faro Plano”, que nos vai permitir erradicar muitas das principais barreiras arquitectónicas, lembrando em particular os cidadãos com mobilidade condicionada. Para isso, conto com elementos nas nossas listas que serão determinantes para esse efeito.