O descrédito na política partidária tem invadido o pensamento de muitos portugueses e porquê?!
Será por causa das acções e atitudes praticadas pelos protagonistas dos partidos políticos, ou será, também, pelo tipo de democracia permissiva que temos, nesta nossa democracia de Representação – a chamada Indirecta!?
Acredito que o sistema político português influencie e condicione, grandemente, as diversas decisões político-partidárias!… Aliás, é como outro qualquer código de regras ou leis existente. Sem elas o homem, infelizmente, comportar-se-á na prática como mais um animal irracional…
Basta que recuemos ao tempo da Pré-história e antes das civilizações. Qual seria o comportamento do “homem” nesse tempo!?
Nem sequer seria preciso recuarmos à Pré-história! Se pensarmos em algumas sociedades indígenas que vivem no tempo actual no interior das selvas, afastados do mundo civilizacional para constatarmos essa conduta!
Até o canibalismo é praticado… A lei que impera é a do mais forte: “olho por olho e dente por dente”.
É evidente que, também, têm os seus próprios códigos mas bem diferentes e mais rudimentares do que no mundo civilizacional.
Por conseguinte, os sistemas políticos governativos têm muita influência nas atitudes e acções, praticadas nas sociedades humanas.
A democracia portuguesa é a do tipo de Representação (indirecta) e por conseguinte, mais incompleta do que se fosse uma democracia do tipo Semi-Participativa ou, igualmente, chamada Semi-Representativa em que os cidadãos participariam nas decisões importantes das suas governações, apoiados pelos respectivos princípios constitucionais, a estabelecer.
Sem eles (cidadãos representados), aquilo que é determinado ou decidido na nossa democracia de Representação é apenas pela vontade expressa dos representantes, sem a participação directa ou semi-directa dos representados (cidadãos) porque a C R.P. actual não o determina.
Daí defender, particularmente, como pessoa, cidadão e político, naturalmente, e com diversas experiências de vida, uma mudança para uma democracia Semi-Participativa ou, igualmente, chamada Semi-Representativa. Deste modo, seriam mais completas as decisões a serem tomadas em conjunto mais harmonioso.
Não sendo assim, continuarão as muitas promessas nos momentos eleitorais que, infelizmente, depois não correspondem às concretas acções e atitudes praticadas, e não há quem as questione por parte dos cidadãos (participação) para que houvesse maior equilíbrio nas medidas a serem tomadas.
A sua participação é feita “na rua” com manifestações, panfletos, outros escritos, bandeirinhas, cartazes, cornetas e vuvuzelas… e o resto é “conversa”, pois temos essa experiência.
Por exemplo quantos Referendos ou Plesbicitos já foram feitos no âmbito da nossa democracia? Praticamente ZERO. Pergunte-se por exemplo aos suíços e constar-se-á que têm sido bastante usados.
Mude-se então para um tipo de democracia, à semelhança dos países mais desenvolvidos da Europa, nomeadamente, os nórdicos, a Dinamarca, Holanda, Suíça, Nova Zelândia e teremos mais equilíbrio, eficácia, transparência e satisfação económico-social, etc.
* Pós-graduado e técnico superior em SHST;
Outras;
Professor e cidadão pró-activo.