Segurança, estabilidade e credibilidade. Foi com este mote que os candidatos da Coligação Portugal à Frente (PàF) apresentaram o Manifesto Regional para as eleições legislativas que se vão realizar no próximo dia 4 de Outubro.
“O tempo continua a exigir-nos mais ponderação do que promessas. Mas sabemos que o país esta agora numa fase de recuperação e de construção de oportunidades”, afirmou José Carlos Barros, cabeça de lista do Algarve da PàF.
Cristóvão Norte, o número 2 da coligação PàF no Algarve fez uma apresentação sucinta do Manifesto Regional salientando o que foi conquistado ao longo deste quatro anos.
De acordo com o deputado eleito nas últimas eleições pelo PSD através do Circulo do Algarve, “a economia do Algarve é a que mais cresce no País, fomos a região em que o desemprego mais desceu, estando actualmente abaixo da média registada na zona euro. Estes dois indicadores são fundamentais pois mostram de forma clara a recuperação que a região está neste momento a viver”, afirmou o candidato.
“O Algarve está muito dependente das contas públicas estarem equilibradas. Esse é o grande desafio e não podemos colocar para trás todo o esforço que tivemos nos últimos quatro anos. É necessário seguir o desígnio das contas equilibradas”, disse.
Percorrendo os vários momentos de governação, Cristóvão Norte não esqueceu os momentos mais complicados em que era difícil acreditar na recuperação do País, mas seguiu salientando que “num quadro adverso foi possível multiplicar por cinco o número de jovens agricultores, tendo sido investidos mais de 260 Milhões de euros que geraram mais de três mil postos de trabalho directos”.
Ainda no sector primário o parlamentar referiu que “o PROMAR, programa de apoio à economia do mar, teve taxas de execução nulas e foi possível realizar quase um milhar de projectos, com um investimento de mais de 100 milhões de euros”.
Nesta análise do caminho seguido, o deputado foi taxativo ao concluir que hoje o Algarve pode mais e isso deve-se ao grande esforço dos Algarvios.
Plano Regional para a Economia do Mar e criticas à proposta da TSU do PS
Cristóvão Norte foi cáustico ao criticar a proposta da Taxa Social Única (TSU) do PS. “O Partido Socialista apresenta-se aos Algarvios com uma proposta que vai aumentar o desemprego na região.
“O aumento da TSU para empresas com maior rotatividade de trabalhadores é uma machadada no tecido económico regional. Relembre-se que 70% da actividade económica da região está neste sector”, refere a coligação.
“Aumentar os impostos das empresas que, por força da sazonalidade, se vêm obrigado a aumentar o número de trabalhadores no verão é dramático. É criar um imposto sobre o bom tempo”, diz Cristóvão Norte.
Ainda sobre esta matéria o candidato referiu que “o PS anda ao sabor do vento. Ora diz que quer baixar o preço das portagens ora diz que vai usar o dinheiro das portagens para financiar a Segurança Social. Ora se há coisa que todos sabemos é que não pode haver sol na eira e chuva no nabal ao mesmo tempo.”
Fazendo uma apresentação dos principais pontos do manifesto regional da Coligação Portugal à Frente, o candidato referiu que a criação de um Plano Regional para a Economia do Mar procura exactamente ser um auxílio na criação de emprego na região. “O nosso mar tem características únicas no País e devemos saber tirar o melhor partido dele, respeitando a necessidade da sua preservação. Queremos criar escala e mecanismos de apoio que visem acima de tudo criar mais emprego. É um plano inovador e acreditamos que terá um forte impacto regional.”
Teresa Caeiro afirma que o Algarve tem muitas potencialidades
A candidata Teresa Caeiro, primeiro nome do CDS-PP na lista de candidatos da coligação pelo Algarve, fez notar a “enorme potencialidade que o Algarve tem e que só pode ser devidamente aproveitada se o País se mantiver no rumo certo. Necessitamos de olhar para a frente e ter esperança é o que hoje o principal partido da oposição nos apresenta é mais do mesmo, mais da mesma fórmula que no passado nos levou a estarmos à beira da bancarrota.”
José Carlos Barros defende a necessidade de criar valor que fique no Algarve
O cabeça de lista da coligação Portugal à Frente terminou a conferência de imprensa que teve lugar simbolicamente no Museu Municipal de Faro, reafirmando a sua convicção que é necessário criar riqueza no Algarve que fique no Algarve.
“O turismo deve ser apoiado com medidas de promoção do destino e com a aposta na qualificação. Outras medidas, como é o caso desta TSU para empresas de turismo que o PS apresenta, só vão penalizar a rota de crescimento que a região está a ter. Necessitamos estimular o crescimento, não podemos criar muros fiscais que levam ao aumento do desemprego”.
Referindo-se especialmente à necessidade de termos em conta a nossa identidade na construção do nosso presente e futuro, o candidato sublinhou a importância do sector primário em complemento ao turismo, referindo que “a agricultura e o mar são exemplos de áreas onde devemos concentrar a nossa acção. Queremos um Algarve, obviamente, mobilizado pelo turismo, mas que não se conforma com a forte quebra, que se verifica há décadas, do comércio tradicional, da agricultura, das pescas ou da indústria. Um Algarve orgulhoso da sua História e da sua identidade e que caminha no sentido da correcção dos seus desequilíbrios estruturais e territoriais. Um Algarve que, a par da defesa da Paisagem e do Património, privilegia a tecnologia, o conhecimento e a inovação. Um Algarve, enfim, que se organiza e se mobiliza e que é capaz de, a cada momento, dar exemplos do seu dinamismo e da sua vontade e capacidade empreendedora.”